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Anúncio dos Rolling Stones é censurado no metrô de Londres

Banda divulgava exibição em galeria de arte; entidades consideraram que cartaz era sugestivo e polêmico

Anúncio da banda de rock Rolling Stones: polêmica no metrô de Londres (Reprodução)

Guilherme Dearo

Publicado em 12 de julho de 2015 às 08h00.

São Paulo - A banda inglesa Rolling Stones se envolveu em uma polêmica de marketing no metrô londrino.

É que o cartaz da banda , criado por Mark Norton, para divulgar a exibição da banda na Saatchi Gallery de Londres , foi banido do metrô e dos ônibus da cidade.

O Clear Channel UK e o Exterion Media, agências que escolhem quais anúncios serão veiculados no transporte público de Londres, consideraram que a imagem era "sugestiva demais".

Eles consideraram que o anúncio era provocativo e poderia gerar polêmicas.

Na imagem, vemos uma mulher de biquíni, da cintura para baixo. O famoso logo da banda - a boca com a língua de fora - aparece cobrindo o órgão genital da modelo.

A ideia era fazer uma brincadeira com a palavra "exibicionismo", em paralelo com "exibição".

"A arte do cartaz é muito arriscada", disse Matthew Walker, diretor de comunicação da Clear Channel UK, ao canal CNBC.

O órgão colocará no lugar uma versão adaptada: em vez do logo estar na região púbica, ele estará no umbigo.

Segundo a entidade, as tais sugestões sugestões sexuais estariam, assim, eliminadas.

Ainda será possível ver a arte original no site da banda e em suas redes sociais.

O porta-voz dos Rolling Stones criticou a decisão: "Estamos estupefatos e perplexos diante dessa decisão tão boba".

São Paulo - Poucos segmentos têm uma vocação clara para criar campanhas e propagandas polêmicas e ousadas. O mundo fashion certamente é um desses natos provocadores. Seja pelos corpos desnudos, as poses sexuais ou os temas controversos, marcas do mundo da moda querem criar um debate e uma estética original - e acabam esbarrando, às vezes, em conservadorismo, discursos moralistas e pessoas dispostas a proibir e banir aquele anúncio. Outras vezes, a marca erra a mão mesmo - e o resultado, apenas polêmica pela polêmica, é exagerado. O caso mais recente é da Prada, para a marca Miu Miu. Mesmo usando uma modelo de 22 anos, portanto maior de idade, a sua campanha foi proibida porque ela tinha uma cara extremamente juvenil - e parecia, assim, ser uma criança em pose sensual.  A revista Dazed and Confused criou uma lista com alguns bons exemplos do mundo fashion que foram alvos de críticas. Confira, nas imagens, 15 exemplos de campanhas ousadas e polêmicas.
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    2 /17(Reprodução)

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    Essa campanha de 2011 da Prada para Miu Miu trazia a atriz Hailee Steinfeld. Aparentemente, nada polêmico. Mas muita gente reclamou que a marca estava sendo irresponsável já que a moça estava sentada... no trilho do trem.
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    3 /17(Reprodução)

  • Essa campanha de 2007 da Tom Ford para sua nova fragrância traz a assinatura inconfundível do fotógrafo Terry Richardson. As fotos sofreram duras críticas e chegaram a ser proibidas em diversos países.
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    4 /17(Terry Richardson/Reprodução)

    Esse anúncio de 2001 da Sisley foi banido. Muita gente viu "algo a mais" na modelo Josie Maran tomando leite direto de uma vaca. A fotografia é de Terry Richardson.
  • 5. 4.

    5 /17(Reprodução)

    A controversa campanha de 2011 da United Colors of Benetton chamada "Unhate" trazia, entre outras imagens, a montagem do Papa Bento 16 beijando o Sheik Ahmed el-Tayeb - tentando passar a ideia de "união" entre as religiões. O anúncio durou poucas horas depois de provocar a ira de cristãos e muçulmanos.
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    Em 2012, a campanha de Yves Saint Laurent para a nova fragrância M7 trouxe uma foto com o modelo Samuel de Cubber nu. A imagem "imitava" a famosa fotografia de 1971 do próprio Saint Laurent.  A campanha acabou recebendo 730 críticas por conta do nu frontal.
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    O anúncio de 1995 da Calvin Klein trouxe diversos modelos em poses sensuais fotografados por Steven Meisel.
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    Em 1992, uma campanha da United Colors of Benetton mudou a percepção sobre a Aids. A icônica imagem mostrava os momentos finais de David Kirby, rodeado por sua família. A imagem fez sucesso e é lembrada até hoje, mas muita gente se perguntou se a marca não tinha ido longe demais.
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    Esse anúncio da United Colors of Benetton criou polêmica por trazer duas mulheres machucadas - aparentemente espancadas. Para deixar claro do que se tratava - uma discussão sobre violência doméstica - teve de escrever "Colors of Domestic Violence".
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    Esse anúncio da Sisley, também fotografado por Terry Richardson, chegou a ser banido após reclamações.
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    Outra campanha da Sisley, no melhor estilo "fashion junkie", em 2007. Foi banida ao ser acusada de "glamourizar as drogas".
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    Outra campanha da United Colors of Benetton, que sempre trata de assuntos controversos como Aids, racismo e religião. Esse, de 1992, causou polêmica ao trazer a imagem de uma cadeira elétrica e levantar o debate sobre a pena de morte.
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    Essa campanha da Gucci de 2003 trazia fotografia de Mario Testino: a modelo Carmen Kass com a letra G depilada na virilha. Foi banida no mesmo ano.
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    A campanha da Prada para Miu Miu de 2015 trouxe a modelo Mia Goth, de 22 anos. Mas foi banida depois que muitos reclamaram que a modelo parecia uma criança em pose sensual.
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    15 /17(Reprodução)

    Essa campanha da Gucci causou polêmica por causa da situação da foto, onde um homem "domina" uma mulher e cria uma situação de "possível violência".
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    16 /17(Reprodução)

    A campanha de 2000 da YSL recebeu 948 reclamações no Reino Unido por trazer a modelo Sophie Dahl nua.
  • 17. Agora conheça algumas marcas que tiveram de mudar de nome

    17 /17(Reprodução)

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