Marketing

Adventures começa a criar maior ecossistema de marcas do futuro

Com a chegada de Donato Ramos ao time, empresa vai focar na aquisição, construção e aceleração de marcas nativas digitais com alto potencial de crescimento

Ricardo Dias, Donato Ramos, Rapha Avellar e Gerard Roure, da Adventures (João Rocha/Reprodução)

Ricardo Dias, Donato Ramos, Rapha Avellar e Gerard Roure, da Adventures (João Rocha/Reprodução)

Isabel Rocha
Isabel Rocha

Jornalista

Publicado em 11 de agosto de 2021 às 14h15.

Última atualização em 1 de julho de 2024 às 14h41.

Não é segredo para ninguém que a digitalização do consumo vem transformando a forma de fazer negócios e de se relacionar com consumidores ao redor do mundo. A diminuição de distâncias na cadeia do varejo e a melhora da eficiência na cadeia de produção são apenas alguns exemplos de como empresas podem se beneficiar da tecnologia.

Neste cenário, as chamadas Digitally Native Vertical Brands (DNVBs) começam a chamar a atenção do mercado. Estamos falando de empresas que já nascem no meio digital e que são, portanto, mais preparadas para entender e se relacionar com o consumidor final, otimizando a experiência dos clientes.

Foi de olho nesse mercado que a Adventures, brandtech fundada pelos sócios Rapha Avellar, Ricardo Dias e Gerard Roure, desenvolveu seu modelo de negócios. A ideia é que, por meio da criação, desenvolvimento, aquisição e investimento em DNVBs, a empresa funcione como um hub para aceleração de marcas com alto potencial de crescimento. E os planos vão além: a Adventures quer construir o maior ecossistema de DNVBs da América Latina.

Não à toa, a  empresa (que tem hoje 300 funcionários e pretende elevar o número a 500 até o final do ano) já conta com uma frente totalmente dedicada à aquisição e desenvolvimento de marcas nativamente digitais.

À frente da equipe, está o empreendedor Donato Ramos, mentor premiado diversas vezes pela Endevor Brasil e que carrega na bagagem passagens por grandes marcas, como Esporte Interativo, Embelleze, Mundo Verde, Imaginarium, Banco Modal e pelo Private Equity da Squadra. Na Adventures, sua missão será usar a expertise para atrair os melhores empreendedores de DNVBs para fazer parte do ecossistema criado pela brandtech. 

“O consumidor no Brasil já tem uma presença digital muito relevante, mas isso deve crescer ainda mais nos próximos anos. A gente enxerga, nessa migração para um ambiente transacional, uma grande oportunidade de apoiar novas marcas e empreendedores com esse mindset digital para que se tornem relevantes e ocupem seus lugares no mercado”, diz.

Leia também: Por que empresa de marketing e influenciador estão abrindo um restaurante

Mas empresários e investidores não são os únicos a enxergar o potencial das marcas nativamente digitais. Diversas celebridades já passaram a olhar para elas como uma oportunidade de monetizar sua relevância e engajamento nas redes.

Assim, além de representarem marcas por meio de parcerias ou posts patrocinados, grandes personalidades passaram a participar ativamente da construção e desenvolvimento destas marcas também.

É o caso de Rihanna, que recentemente teve sua fortuna estimada em 1,7 bilhões de dólares – dos quais cerca de 1,4 bilhão provém de sua marca de maquiagens, a Fenty Beauty.

À exemplo do caso de Rihanna, o apoio de grandes celebridades na construção de DNVBs também se destaca no modelo de negócios da Adventures. Isso porque elas se mostram uma poderosa ferramenta no que diz respeito à verticalização das marcas e criação de uma conexão genuína com o público. 

Foi nesse contexto, inclusive, que a companhia anunciou o lançamento da hamburgueria Baiburger, resultado de uma parceria com o  influenciador digital  Gustavo Gomes (Baiano). “É um negócio recentemente lançado e que está indo muito bem. Os números já são superanimadores”, afirma Ramos.

DNVBs: a grande aposta da Adventures

Embora esse modelo de negócio já seja conhecido no exterior, no Brasil o mercado de DNVBs ainda engatinha.  Para se ter uma ideia, a penetração do e-commerce no total do varejo brasileiro ainda está abaixo de 10%, mas a projeção da Adventures é que, com a migração acelerada do consumidor para o meio digital, o índice chegue a algo entre 25% e 30% nos próximos anos.

É justamente neste gap que a empresa enxerga a oportunidade para investir na formação e aceleração de marcas nativamente digitais no país. “As marcas do futuro serão aquelas que vão entender esse novo momento, esse novo consumidor. Esta é a hora da aceleração das marcas que serão insurgentes em relação às marcas tradicionais que ainda dominam o mercado”, diz Ramos.

Um dos fatores que posicionam a brandtech para sair à frente nesta caminhada é o fato de a empresa já contar com sólido conhecimento em comportamento do consumidor, tecnologia, gerenciamento de talentos e produção de conteúdos originais resultado dos diversos projetos liderados pela companhia para marcas como Stone, TikTok, Tinder e Disney.

Assim, a Adventures pretende utilizar dados de sua própria plataforma de growth para hackear comportamentos, nutrir o consumidor, produzir conteúdos originais cujo foco é “entreter e não interromper”, além de oferecer os melhores insights para a criação de estratégias capazes de conectar as novas marcas com seus públicos. 

“Por meio dos nossos projetos, conseguimos aprender muitas coisas e ter informação em tempo real do que está acontecendo no mundo para entender o que dá e o que não dá certo. Pretendemos replicar esses aprendizados para as nossas DNVBs”, finaliza.

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