A tríade do sucesso para empresas do futuro: conexões, inovação e inteligência competitiva
Adotar esses três pilares com flexibilidade é essencial para expandir os negócios de forma sustentável na era digital
Colunista
Publicado em 10 de agosto de 2024 às 20h06.
Última atualização em 10 de agosto de 2024 às 20h06.
Para prosperar no atual mercado, é preciso entender a importância de ter boas conexões, uma cultura voltada para a inovação e inteligência competitiva. Esses três componentes fazem parte do que considero o triângulo do sucesso para empresas do futuro que estão verdadeiramente comprometidas em se reinventar e evoluir os negócios de forma sustentável.
Para conseguir as tão visadas e fundamentais conexões que podem ajudar as companhias a alcançarem outros patamares, é preciso estabelecer ecossistemas de negócios. Ainda que pouco comentados, eles são essenciais em parcerias estratégicas e colaborações intersetoriais, e aproveitam a tecnologia para criar inovação contínua.
Segundo o estudo "The CEO's Guide to Generative AI: Open innovation & ecosystems", produzido pelo IBM Institute for Business Value e pela Oxford Economics, a inteligência artificial (IA) generativa consegue desbloquear o potencial do ecossistema de parceiros das instituições, e a maioria dos executivos afirma que a tecnologia melhorará a descoberta (82%), ideação (80%) e colaboração com parceiros para inovação (77%).
Em um ecossistema de negócios funcional e inovador, parcerias são a chave para o sucesso. Elas permitem que empresas de diferentes áreas compartilhem recursos, habilidades e conhecimentos, reaproveitando ideias de dentro e fora do setor e impulsionando a criação de soluções revolucionárias. Stakeholders de múltiplos segmentos, incluindo gigantes da tecnologia, startups e instituições acadêmicas, unem forças nesses ecossistemas para promover uma troca de experiências rica e diversificada, acelerando o processo de inovação.
Grandes nomes como Amazon , Google e Apple exemplificam o poder da colaboração ao desenvolverem plataformas que integram uma vasta gama de serviços e produtos complementares. Quando setores distintos convergem, beneficiando-se mutuamente de suas tecnologias e competências, são capazes de expandir suas ofertas e atingir novos mercados, transformando a competição em colaboração estratégica.
Já com relação à cultura de inovação - que não é exatamente uma novidade, mas segue sendo cada vez mais importante -, é preciso que ela faça parte do DNA da companhia, se integrando a capacidade de aproveitar as novas tecnologias para moldar modelos de negócios futuristas. Na prática, é mais do que apenas adotar novas ferramentas, pois envolve a incorporação da transformação digital e a disrupção no cerne de todas as operações.
Precisamos incentivar a busca constante de novas ideias e soluções, visto que a inovação é um processo sem fim. Essa mentalidade é muito positiva para o progresso dos negócios ao fomentar o empreendedorismo e um olhar que enxerga além das tendências do mercado atual. Basta observarmos as organizações que apostam na inovação aberta para entendermos que em ambientes nos quais a colaboração e o compartilhamento de know-how com outras entidades são frequentes, as inovações surgem a todo momento.
Outro aspecto que merece destaque é a inteligência competitiva, que vai garantir que as estratégias e investimentos em tecnologia ajudem a liderar a disrupção, antecipando e respondendo às mudanças com agilidade e eficácia, tendo em mente que o foco precisa ser, antes de tudo, atender e superar as expectativas dos consumidores.
Para isso, é fundamental ter uma compreensão profunda dos dados à disposição, estruturando uma base sólida para pensar em estratégias de mercado assertivas. A análise de dados é uma ferramenta que, quando bem aplicada, pode fornecer vantagem competitiva para empresas por indicar tendências e comportamentos emergentes. De acordo com o estudo “Mercado Brasileiro de Software - Panorama e Tendências 2022”, realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), o uso de dados no país gerou aproximadamente R$ 14,9 bilhões em 2022.
O crescimento e a escalabilidade são fundamentais para as empresas do futuro, e adotar esses três pilares sem deixar de lado a flexibilidade, que permite se adaptar às novas realidades de mercado, é fundamental para expandir os negócios de maneira controlada e consciente na era digital.