Formato de anúncio mais visto foi o banner móvel, citado por 70% dos respondentes que confirmaram já terem sido impactados por publicidade no smartphone (Scott Olson/AFP)
Da Redação
Publicado em 16 de agosto de 2012 às 11h55.
São Paulo - Os publicitários que utilizam o celular como canal de comunicação ainda têm muito trabalho a fazer para popularizar essa mídia, mesmo em mercados considerados mais avançados, como os EUA. Uma pesquisa da Hipcricket divulgada nesta quarta-feira, 15, revelou que 54% dos norte-americanos que possuem smartphones disseram nunca ter visto publicidade em seus aparelhos – ou pelo menos não se lembram de ter visto, o que, na prática, dá no mesmo para um anunciante. O lado bom é que entre os 46% que confirmaram já terem sido impactados por mobile advertising, 64% disseram que já realizaram alguma compra influenciados pelo anúncio que viram na telinha.
O formato de anúncio mais visto foi o banner móvel, citado por 70% dos respondentes que confirmaram já terem sido impactados por publicidade no smartphone. Em seguida vieram mensagens de texto (44%), propaganda dentro de um jogo ou aplicação (42%), vídeo (38); e email (31%). Era permitido marcar mais de uma opção.
Dentre os que viram anúncios móveis, 35% disseram que nunca interagiram com as peças. Os outros 65% apontaram como principais formas de engajamento que tiveram: clique em um banner (38%); uso de um cupom de desconto (31%); clique em um link em uma mensagem de texto (29%); download de um app (28%); visita a um site (25%). Novamente, era permitido marcar mais de uma opção.
Razões de não engajamento
Para aqueles que viram mas não se engajaram com anúncios móveis, a pesquisa perguntou quais seriam as razões para esse comportamento. Pelas respostas, fica claro que as campanhas precisam refinar o público-alvo de seus disparos: tem muita gente recebendo publicidade que não é do seu interesse, o que pode atrapalhar o desenvolvimento desse mercado. As razões mais citadas foram: assunto ou produto irrelevante para o seu interesse (43%); falta de atratividade da peça (39%); spam (31%); desconhecimento do remetente (21%).
A solução pode estar na oferta de benefícios, como cupons de descontos. 58% dos entrevistados disseram que haveria uma chance maior de interagir com anúncios de suas marcas favoritas se eles oferecessem algum tipo de benefício econômico. E 44% estariam dispostos até mesmo em conceder informações pessoais em troca desses benefícios.
Outro dado importante: 74% dos consumidores norte-americanos disseram nunca terem visto propaganda de suas marcas favoritas na tela de seus celulares. Ou seja, há ainda um grande potencial a ser explorado pela publicidade móvel, mesmo em mercados mais desenvolvidos como os EUA. No Brasil, o caminho é ainda mais longo.