Marketing

5 caractecterísticas da Black Friday dos Estados Unidos

Descontos em massa no varejo americano acontecem nesta sexta-feira

Black Friday: data movimenta o comércio americano antes do Natal (Getty Images)

Black Friday: data movimenta o comércio americano antes do Natal (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2012 às 15h31.

São Paulo - Tradicionalmente o dia mais movimentado do ano no varejo americano desde 2005, a Black Friday é a sexta-feira seguinte ao feriado de Ação de Graças - Thanksgiving Day -, que acontece sempre na quinta-feira da quarta semana de novembro, nos Estados Unidos.

Neste dia, as lojas abrem mais cedo, em torno de 4 horas da manhã - algumas até antes disso - e promovem descontos que chegam a se aproximar de 80%. A data é considerada a largada para a temporada de compras de fim de ano que culmina no Natal.

Inicialmente acontecendo somente nas lojas físicas, a Black Friday acompanhou as mudanças no mercado e expandiu a oferta dos produtos também para a internet, meio em que gerou 648 milhões de dólares em vendas nos Estados Unidos em 2010, segundo a comScore. O valor é 9% acima do valor gerado pela data em 2009, de 595 milhões de dólares.

O sucesso é tão grande que alguns países já copiaram a ideia. Entre eles está o Brasil, que pelo segundo ano consecutivo acompanhará a "festa americana do consumo" nesta sexta-feira.

Agora, você sabe como tudo começou? De onde vem o termo "Black Friday"? Já ouviu falar em Cyber Monday? Veja abaixo a resposta para essas perguntas.

1. A origem da Black Friday

Existem várias teorias sobre o surgimento do termo. De acordo com uma delas, "Black Friday" tem origem na Philadelphia, onde inicialmente era usado pela polícia local para descrever o intenso tráfego de pedestres e motoristas nas ruas no dia após o feriado de Ação de Graças.

Há quem diga também que o termo refere-se ao período do ano em que os varejistas mais lucram e, por esse motivo, saem do vermelho, cor que, em contabilidade, usualmente representa valores negativos de finanças ou prejuízo.

2. Feriado nacional?

Oficialmente, não. Apesar de não constar no calendário de feriados dos Estados Unidos, no entanto, a maioria das empresas que não faz parte do varejo libera seus funcionários para que eles possam aproveitar a grande quantidade de ofertas. 


A alta tolerância com o dia também é uma forma de dar um empurrãozinho na economia, já que quanto mais consumidores puderem sair às ruas e visitar as lojas, mais vendas serão efetivadas

3. Expediente estendido gera protestos

Há algum tempo, os varejistas costumavam antecipar o horário de abertura das lojas para em torno das 6 horas da manhã. Com o aumento da procura pelos descontos, em meados dos anos 2000, muitos resolveram começar o expediente mais cedo ainda, em torno das 4 ou 5 horas.

Neste ano, porém, diversos varejistas, incluindo Macy's, Best Buy, Bealls e Target, anuciaram que pela primeira vez devem iniciar as vendas à meia-noite, o que força os funcionários das lojas a trabalharem por um período maior ou mesmo perder as comemorações de Ação de Graças com a família.

Para a Target, a decisão está se demonstrando amarga. A loja recebeu nesta semana a petição online "Save Thanksgiving" - Salve o dia de Ação de Graças -, com mais de 190 mil assinaturas pedindo o retardamento do horário de abertura da rede. A Best Buy sofreu o mesmo revés em uma petição com 14 mil assinaturas. Até o momento, nenhuma das lojas mudou de ideia.

4. Cyber Monday

Assim ficou conhecida nos últimos anos a primeira segunda-feria após a Black Friday. Sendo um dia útil sem qualquer "folga" para faltar ao trabalho e visitar lojas físicas, os americanos recorrem às lojas virtuais, que continuam ofertando produtos a preços mais baixos durante toda a semana.

Alguns anos atrás, o Cyber Monday era considerado o dia em que as compras online atingiam o pico. Com o passar do tempo e a evolução do e-commerce, essa data foi ultrapassada numericamente por outras. Continua, porém, uma das grandes geradoras de tráfego em lojas virtuais.



5. Sucesso e expansão

Por causa do grande sucesso nos Estados Unidos, a Black Friday inspirou outros países a promoverem uma data semelhante para as vendas. O Brasil, por exemplo, acompanha o evento americano desde o ano passado, aproveitando até o mesmo dia.

O responsável pela edição no país foi o site Busca Descontos, que recebeu cerca de 60 mil inscrições de shoppers interessados em receber notificações sobre as promoções do dia.

Nesta sexta-feira, as promoções voltam a acontecer, envolvendo players como Americanas.com, Compra – Fácil, Dell, E-fácil, Magazine Luiza, Saraiva e Walmart, entre outros.

Os canadenses foram ainda mais rápidos. Percebendo que havia um número grande de pessoas sem a possibilidade de cruzar a fronteira para buscar as promoções americanas, criaram em 2009 a Boxing Day, extremamente semelhante à Black Friday, porém no Canadá.

Austrália, Portugal e Reino Unido foram outros países que adotaram a iniciativa.

Acompanhe tudo sobre:Black FridayComércioConsumidoresConsumoEstados Unidos (EUA)LiquidaçõesPaíses ricosPromoçõesVarejo

Mais de Marketing

O som do desejo: como a música nas lojas de luxo influencia o comportamento do consumidor

Brics 2025: identidade visual destaca Samaúma como símbolo de cooperação global

'Bruninho esteve aqui': bar em Belo Horizonte ganha fama após visita de Bruno Mars

Fernanda Torres e Montenegro respondem à IA em campanha de Natal do Itaú