Marketing

4 previsões para o futuro da publicidade mobile em vídeo

Em 2017, 76% de todo o investimento em vídeo foi alocado para anúncios em tela cheia

Publicidade em vídeo: o que o futuro aguarda para o segmento (BongkarnThanyakij/Thinkstock)

Publicidade em vídeo: o que o futuro aguarda para o segmento (BongkarnThanyakij/Thinkstock)

Guilherme Dearo

Guilherme Dearo

Publicado em 25 de agosto de 2018 às 07h00.

Última atualização em 29 de agosto de 2018 às 10h51.

Qual será o cenário da publicidade em vídeo in-app a partir de 2018? É isso que o recente relatório "State of Mobile Video Advertising 2018", produzido pela Logan e a InMobi, analisou, destacando como os anunciantes e editores têm adotado cada vez mais esse tipo de publicidade nos últimos dois anos. Mas como será daqui para frente? De acordo com as tendências atuais, essas são as quatro previsões ousadas que veremos acontecer:

1. Anúncios curtos e "na sua cara" será a norma

Embora a quantidade de tempo que as pessoas gastam em seus telefones continue a crescer, os usuários não querem que sua experiência seja interrompida com muita publicidade. Cada vez mais os anúncios em vídeos curtos são a melhor opção para os anunciantes. Estudos mostram que os vídeos entre 16 e 20 segundos têm melhores taxas de conversão, enquanto um experimento descobriu que é mais provável que ele se lembre de uma versão de 15 segundos do anúncio do que uma versão de 30 ou 120 segundos. Os anunciantes usam visualmente publicidade distinta para alcançar efetivamente seu público.

Durante o primeiro semestre de 2017, os dados da Logan e InMobi mostraram que 76% de todo o investimento em vídeo foi alocado para anúncios em tela cheia. Enquanto isso, 58% - ou seja, mais da metade - de todo o inventário de vídeos já estão no formato tela cheia. Isso mostra que os anúncios em vídeo exibidos de maneira imersiva se tornarão cada vez mais comuns no futuro.

2. A divisão atual de quem está comprando anúncios em vídeo permanecerá intacta

Quando a publicidade em vídeo in-app estava disponível inicialmente, as marcas nativas digitais com fortes métricas para sustentar suas campanhas foram as primeiras a adotar esse tipo de anúncio. No entanto, como este tipo de publicidade deixou de ser relativamente desconhecida para ser confiável e conhecida, os anunciantes que buscavam principalmente reconhecimento e impressões tornaram-se ávidos compradores de anúncios em vídeo.

Entre 2016 e os primeiros três meses de 2018, essas campanhas de conscientização de marca passaram de 43% a 70% do investimento em vídeo global. Num futuro próximo, esses resultados do primeiro trimestre de 2018 certamente permanecerão intactos: 70% dos anunciantes e 30% dos KPIs.

3. Espere mais sobre inventário de vídeos in-app no futuro

Tanto o investimento em anúncios em vídeo quanto o inventário cresceram consideravelmente desde 2016, embora o investimento em publicidade tenha excedido o estoque global. Por exemplo, entre 2016 e 2017, enquanto o investimento em publicidade global cresceu 109%, o inventário de vídeo global em aplicativo cresceu apenas 31%.

No entanto, é improvável que esses índices continuem por muito tempo. Nos próximos meses e anos, espera-se que muito mais inventário de vídeos em aplicativo esteja disponível. Na verdade, isso já está acontecendo nos EUA. Entre o primeiro trimestre de 2018 e o mesmo período de 2017, o investimento em vídeo em aplicativo aumentou 75%, enquanto o estoque cresceu 414%. Muito em breve, o mundo alcançará os EUA nesse sentido.

4. O mundo alcançará os Estados Unidos

Em nenhum outro lugar do mundo a publicidade em vídeo in-app foi adotada como pelos anunciantes americanos. Durante os primeiros três meses deste ano, 53% do investimento dedicado ao vídeo in-app vem dos EUA.

Mas não espere que o país reine por muito mais tempo. O investimento em vídeo em aplicativo está crescendo rapidamente em praticamente todos os cantos do mundo, a exemplo da China, com crescimento de 470% entre o primeiro trimestre de 2017 e o primeiro trimestre de 2018.

Naturalmente, como outras previsões, estas podem não se estabilizarem. Novas tecnologias podem surgir para alterar drasticamente este panorama. Mas, com base nos números do recente relatório da Logan e da InMobi, existe uma forte probabilidade de que as previsões se tornem realidade no futuro próximo.

* Francesco Simeone é diretor da Logan Media Brasil e professor de mobile marketing e inteligência artificial na escola Converge You. Este artigo foi publicado originalmente no site AdNews.

Acompanhe tudo sobre:estrategias-de-marketingMarcasmarketing-digital

Mais de Marketing

Philip Kotler participa de masterclass gratuita na ESPM na próxima quarta-feira, 13

'O motor de M&A nunca desliga', diz CEO da RD Station, que avança para novas áreas

Como a brasilidade no branding pode fortalecer as marcas no cenário global

Por que os brasileiros estão boicotando e cancelando marcas nas redes sociais?