10 ações publicitárias acusadas de promover racismo
Assim como a Riachuelo, Dove, Nivea e Bombril já foram acusadas de realizar campanhas publicitárias racistas. Veja outros exemplos
Da Redação
Publicado em 7 de março de 2014 às 15h18.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h16.
São Paulo – Na última quinta-feira, a rede de lojas de departamento Riachuelo foi alvo de denúncias por racismo , ao publicar uma campanha em que uma mulher negra servia uma branca. Porém, este não foi o primeiro caso. Marcas como Nivea , Dove , Bombril e Microsoft já protagonizaram episódios assim e tiveram que se desculpar perante aos consumidores. Relembre, a seguir, outras campanhas acusadas de promover o racismo:
A Riachuelo causou polêmica nas redes na tarde de ontem ao divulgar a campanha para o Dia Internacional da Mulher. Nela, uma mulher negra serve uma branca. Com o conceito “O dia da mulher brasileira”, o filme de trinta segundos traz uma modelo branca como principal, seguida dos braços, mãos e sombras de uma mulher negra colocando acessórios da Riachuelo - como colares e sapatos - nela. A reação dos internautas nas redes sociais foi tão negativa que a marca retirou o vídeo da campanha do Youtube horas após a publicação.
Em 2009, a Microsoft pediu desculpas publicamente ao ter o nome de sua marca envolvida em uma denúncia de racismo. Ao publicar uma campanha global, a marca utilizou três modelos, sendo um deles negro. A polêmica foi gerada porque, apesar de ter âmbito mundial, a empresa de softwares substituiu o personagem negro por um branco para divulgar a peça na Polônia . A troca, no entanto, ocorreu apenas no rosto dos personagens, pois as roupas e as mãos permaneceram as mesmas, o que gerou comentários negativos por parte dos internautas que perceberam a gafe.
Em 2012, a marca de lingerie Duloren teve que tirar de circulação uma campanha publicitária a pedido do Conar . O fato se deu, pois o anúncio trazia uma mulher negra vestindo lingerie ao lado de um militar desacordado sem o quepe. Ao lado da foto, o slogan “Pacificar foi fácil, quero ver dominar”, gerou polêmica entre os internautas, que consideraram a ação racista e machista.
A Bombril recebeu uma denúncia da Secretaria Especial de Política de Promoção da Igualdade Racial em 2012, pela campanha “Mulheres que Brilham”. A polêmica ocorreu, pois o logo da marca estava sobre os cabelos de uma caricatura de mulher negra, o que acabou remetendo o produto da empresa aos cabelos crespos. Apesar da denúncia não ter sido acatada pelo Conar , a Bombril alterou a imagem da campanha para evitar outras confusões.
No ano passado, a PepsiCo retirou uma campanha do refrigerante Mountain Dew do ar depois de ter sido acusada de racismo e de banalização da violência contra a mulher. A peça era um vídeo de um minuto, que retratava uma mulher indo à delegacia denunciar uma agressão. No local, o policial pediu para que a moça identificasse os agressores entre um grupo de suspeitos que estavam enfileirados. Entre os suspeitos, estavam homens negros e um bode. Para piorar a situação da marca, o bode ameaçou atacar a mulher no vídeo novamente, caso ela o denunciasse para a polícia. A PepsiCo pediu desculpas pelo anúncio e afirmou assumir total responsabilidade por qualquer ofensa causada pela propaganda.
A marca de rosquinhas Dunkin’ Donuts pediu desculpas publicamente no segundo semestre de 2013, após ser acusada de racismo pela organização Human Rights Watch. De acordo com a organização, a peça publicitária, que era composta por uma mulher negra com lábios brilhantes segurando uma rosquinha preta, era chocante e racista. Após polêmica, a empresa tirou a campanha de circulação.
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