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Weg (WEGE3) cai 8% após balanço: o cenário macro virou um desafio? O que dizem os analistas

Receita caiu no terceiro trimestre em meio á desaceleração da economia internacional; faturamento na Europa caiu 19%

Fábrica da Weg: receita cai  (Leandro Fonseca/Exame)

Fábrica da Weg: receita cai (Leandro Fonseca/Exame)

Publicado em 25 de outubro de 2023 às 12h22.

Última atualização em 25 de outubro de 2023 às 19h07.

As ações da Weg (WEGE3) caem cerca de 8% no pregão desta quarta-feira, 25, em reação ao balanço do terceiro trimestre divulgado nesta manhã pela companhia. A Weg registrou no período R$ 1,31 bilhão de lucro líquido, 13,3% acima do apresentado no terceiro trimestre de 2022, mas 4,1% abaixo do trimestre anterior. O Ebitda teve queda trimestral de 5,1% para US$ 1,74 bilhão, ficando 3% abaixo do consenso de mercado da Bloomberg. A receita operacional ficou em R$ 8,07 bilhões, 1,2% mais baixa que a do segundo trimestre.

A queda foi puxada pelo faturamento no mercado internacional, que teve queda trimestral de 4% para R$ 4,248 bilhões. A maior retração de receita ocorreu na Europa, onde a receita da Weg caiu 18,9% frente ao trimestre anterior. O mercado europeu é o segundo mais relevante da Weg no exterior, atrás apenas do da América do Norte.

"Acredito que o conjunto de resultados de hoje confirma nossas expectativas de desaceleração nas receitas no segundo semestre de 2023", escreveram analistas do Goldman Sachs em relatório. O banco tinha recomendação de venda para ação, até poucos meses atrás. Mas ainda que tenha melhorado marginalmente as perspectivas para o papel, o Goldman Sanchs não recomenda a compra.

Cautela e aposta contra

Incertezas sobre o futuro da companhia diante do cenário macroeconômico desafiador tem deixado parcela significativa do mercado cautelosa em investir na empresa. De 13 analistas que cobrem a empresa, 7 não recomendam a compra do papel. Além do Goldman Sachs, analistas do Itaú  BBA estão com recomendação neutra para o ativo.

"É provável que o crescimento da empresa continue desacelerando, suas margens continuem caindo e que seu custo de capital próprio aumente, principalmente devido ao movimento dos títulos do Tesouro americano" escreveram os analistas do Itaú em relatório recente. 

Quem mantém a recomendação de compra é o BTG Pactual. Mesmo assim, os analistas do banco reconheceram que foi "fraco" o crescimento entregue pela Weg no terceiro trimestre.

Antes do resultado, as posições vendidas na Weg atingiram o maior patamar do ano, com cerca de 52,6 milhões de ações em regime de aluguel. A posição, considerando a cotação da ação na véspera, equivalia a um montante de R$ 1,85 bilhão.

"A posição vendida em Weg disparou nos últimos dias, sinalizando que o mercado já antecipava números mais fracos", comentaram analistas do BTG em relatório.

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