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Como investir para comprar o primeiro imóvel após a faculdade?

Especialistas consultados pela EXAME Invest criaram duas carteiras com sugestões de investimentos para essa situação; confira

Investimento: confira sugestões de classes de ativos para investir e comprar um imóvel (Witthaya Prasongsin/Getty Images)

Investimento: confira sugestões de classes de ativos para investir e comprar um imóvel (Witthaya Prasongsin/Getty Images)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 26 de março de 2024 às 18h48.

O período que precede o término da faculdade pode ser definido como um momento de “planos”. Ao conseguir o primeiro emprego, diversos sonhos surgem: o carro que tanto sonhou, um imóvel para sair do aluguel, uma viagem que tanto quis fazer. Mas, tudo isso exige planejamento e, claro, dinheiro.

Para alcançar essas conquistas, é necessário se organizar financeiramente e o mundo dos investimentos pode ser um caminho. Entretanto, em algumas situações, é necessário estratégia e paciência. Para comprar um imóvel, por exemplo, o investidor precisará ter aplicações de médio/longo prazo, que tragam uma boa rentabilidade, ao mesmo tempo que não seja tão arriscado.

Pensando nessa situação, especialistas dão dicas e sugestões de como seria uma carteira de investimento ideal para esse momento: como juntar dinheiro para comprar um imóvel?

Duas ideias de carteira de investimento

Genial Investimentos

Em uma situação onde a pessoa é recém-formada e está começando agora no primeiro emprego, a compra do imóvel aconteceria em um futuro um pouco mais distante. Sendo assim, é considerado uma aplicação de médio/longo prazo.

Ao considerar um investidor com o perfil moderado, ou seja, que aceita tomar riscos, mas gosta de uma certa proteção, Luigi Wis, especialista em investimentos da Genial Investimentos, sugere a seguinte divisão:

O especialista explica que como é uma carteira de longo prazo, ou seja, o investidor irá atingir o objetivo depois de 5 anos ou mais, é possível ter uma parcela de renda variável maior na carteira. Como sugestão, Wis recomenda três classes de fundos: imobiliários, multimercado e de ações.

“Devemos ter uma Selic em queda até agosto e, depois, um período longo de estabilidade. Isso é bastante vantajoso para a classe de renda variável, tanto para FIIs, como para fundos de ações ou multimercado, já que, historicamente, em ciclos de queda de juros, ativos de renda variável se beneficiam. Nessas classes de ativos, enxergamos um retorno acima da Selic”, pontua o especialista.

Entretanto, ele complementa que somente os 10% em fundos de ações trazem uma volatilidade moderada a baixa, então é uma carteira que contém renda variável, mas sem desvirtuar o perfil do cliente. Somado a isso, também há a parcela em renda fixa pós-fixada ao CDI e ao IPCA, que protege a carteira, ao mesmo tempo que segue entregando rentabilidade.

Na parte de FIIs, Wis comenta que a classe de ativos está rendendo um dividend yield de 10% anual e ainda é isento de Imposto de Renda, o que torna a opção atrativa. “Em fundos imobiliários, o investidor também pode ganhar com a valorização da cota e ter ganhos superiores à Selic”, pontua.

CM Capital

Já Nilson Marcelo, analista quantitativo da CM Capital, trabalhou com um perfil arrojado de investidor e sugeriu o seguinte investimento para a mesma situação:

“Para um recém-formado interessado em investir para comprar um imóvel no médio a longo prazo, é importante considerar uma carteira que ofereça um equilíbrio entre retorno potencial e segurança. O Tesouro IPCA, por exemplo, oferece rendimento igual à variação da inflação mais uma taxa prefixada de juros. É o papel ideal para investimentos de longo prazo”, comenta Marcelo.

Já na parte de ações de empresas sólidas, o especialista explica que o investidor deve procurar papéis que tenham fundamentos financeiros estáveis e fortes. Ou seja, empresas que tendem a ter um histórico consistente de lucros, baixa dívida, fluxo de caixa saudável e uma posição competitiva sólida em seu setor. Como exemplo, Marcelo cita Banco do Brasil Seguridade (BBSE3), Porto (PSSA3), Weg (WEGE3) e Sanepar (SAPR4).

Segundo Marcelo, as ações de crescimento, chamadas em inglês de growth stocks, por sua vez, são ótimas oportunidades de investimentos, já que são empresas que se espera que cresçam a uma taxa acima da média do mercado.

Isso porque elas geralmente reinvestem a maior parte de seus lucros no negócio para expandir suas operações e aumentar seus ganhos. A exemplo, ele cita os BDR (brazilian depositary receipts) de Apple (AAPL34), Amazon (AMZN34), Microsoft (MSFT) e Google (GOGL34) como boas ótimas opções visando o futuro, podendo ser comprados sem necessidade de se abrir uma conta no exterior.

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