Telefónica corta dividendos após resultado negativo em 2020
A Telefónica, assim como rivais europeus, já enfrentava ritmo de crescimento fraco antes da chegada da pandemia
Reuters
Publicado em 25 de fevereiro de 2021 às 17h16.
Última atualização em 25 de fevereiro de 2021 às 19h44.
A Telefónica cortou dividendo depois de sofrer queda de 10% no resultado de 2020, apesar da companhia esperar que os negócios se estabilizem neste ano.
A Telefónica, assim como rivais europeus, já enfrentava ritmo de crescimento fraco antes da chegada da pandemia e está focando investimentos no Brasil, Inglaterra, Espanha e Alemanha, vendendo ativos para reduzir dívida e financiar construção de redes 5G.
Investidores apoiaram a redução do dividendo para 0,30 euro por ação em 2021 ante 0,40 euro em 2020, como forma da empresa reduzir dívida que tem pesado sobre a cotação dos papéis. As ações da companhia subiam mais de 2% às 9h50 (horário de Brasília).
A dívida da Telefónica é de cerca de 2,6 vezes o lucro operacional de 2020 e o presidente-executivo, José María Álvarez-Pallete, afirmou que o "compromisso de melhoria não vai parar aqui". O executivo afirmou que operações planejadas para 2021 vão reduzir a dívida em mais 9 bilhões de euros.
Alvarez-Pallete disse que espera que a receita e o lucro operacional antes de depreciação e amortização vão se estabilizar este ano e que o nível de investimento em relação às vendas ficará em 15%.
"Em 2020, fomos colocados à prova", disse o executivo.