B3: investidores gingo terão acesso mais facilmente à bolsa de valores (Germano Lüders/Exame)
Repórter de finanças
Publicado em 11 de dezembro de 2025 às 11h46.
Investidores estrangeiros pessoas físicas dos EUA, Canadá, União Europeia, Reino Unido, Austrália, Hong Kong e Singapura podem investir de forma mais fácil na B3 a partir desse mês de dezembro.
O movimento é uma iniciativa da B3, que liderou uma inovação regulatória, junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e tecnológica para simplificar a jornada dos investidores.
O resultado é que, a partir deste mês de dezembro, a Interactive Brokers (IBKR), uma corretora eletrônica global automatizada, facilitará o acesso desses investidores, se elegíveis, à bolsa brasileira.
Investir na bolsa brasileira sempre foi um desafio para pessoas físicas estrangeiras e para os brasileiros não residentes no país. Barreiras como custos elevados, processos burocráticos, falta de integração tecnológica e complexidade tributária dificultavam o acesso, limitando as oportunidades de diversificação e exposição ao maior mercado da América Latina.
“Os investidores globais precisam de acesso contínuo e sem barreiras a mercados diversificados para se manterem competitivos”, afirmou Milan Galik, CEO da Interactive Brokers.
“Ao adicionar a B3, estamos oferecendo aos nossos clientes acesso eficiente e de baixo custo a uma das economias emergentes mais dinâmicas do mundo por meio da nossa plataforma global unificada.”
A Interactive Brokers oferece acesso a mais de 160 mercados em todo o mundo e, com essa iniciativa, seus clientes terão a mesma experiência simplificada para chegar à bolsa brasileira em poucos cliques.
A CVM aprovou em maio a nova categoria de Participante Estrangeiro, que permite que corretoras internacionais operem no mercado brasileiro sem repassar dados sensíveis de seus clientes às corretoras locais.
Pelo modelo da B3, essas instituições se registram como donas de uma conta coletiva e atuam junto a um custodiante — a área de Securities and Financial Services da própria bolsa.
Esse custodiante é responsável pelo cadastro dos investidores estrangeiros, mantendo a conformidade regulatória e a identificação exigida por Banco Central e CVM, mas sem expor suas informações à corretora local.
O processo inclui onboarding digital com emissão de CPF via API e uma plataforma automatizada de monitoramento para atender às regras de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo.
A Interactive Brokers é a primeira plataforma a operacionalizar o novo modelo criado pela B3 para facilitar o acesso de pessoas físicas do exterior ao mercado brasileiro.