Minhas Finanças

Os investimentos campeões de 2011

Imóveis e renda fixa foram os grandes destaques de um ano em que a Bolsa decepcionou

Avenida Faria Lima, em São Paulo (Germano Lüders/EXAME.com)

Avenida Faria Lima, em São Paulo (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 26 de dezembro de 2011 às 08h25.

São Paulo - O balanço dos investimentos do ano revela um ranking típico dos anos de crise: no topo, imóveis, ouro, títulos públicos e fundos de renda fixa. Na lanterna, o Ibovespa, ações prejudicadas pela alta do dólar e as small caps, que sofrem ainda mais quando há aversão ao risco generalizada no mercado.

Em 2011, ficou difícil ganhar dinheiro com a Bolsa. Ações que pagam bons dividendos conseguiram proteger a carteira dos investidores, e a única maneira de efetivamente lucrar foi por meio de estratégias mais complexas, que servem para ganhar dinheiro tanto na alta quanto na baixa. Os multimercados até conseguiram um bom desempenho, por terem apostado na renda fixa. E as ações que conseguiram valorizar bem foram aquelas ligadas ao mercado interno, principalmente ao setor de consumo. Veja o desempenho das aplicações mais defensivas a partir dos resultados dos fundos:

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Aplicação Rentabilidade no ano
Fundos Multimercados Juros e Moedas 12,29%
Fundos Multimercados Trading 12,25%
Fundos Multimercados Macro 11,65%
Fundos Long & Short – Neutro 10,69%
Fundos de Ações – Dividendos 2,15%

Fonte: Anbima

Quem conseguiu realmente se destacar neste ano foram os imóveis residenciais, o ouro e os títulos públicos, principalmente aqueles ligados à inflação. Para 2012, porém, é bom ter cautela. Novembro foi o sétimo mês em que a alta do índice FipeZap, que mede a valorização dos imóveis residenciais no Brasil, teve desaceleração frente ao mês anterior; já o ouro caiu mais de 6% em dezembro.

Inflação normalmente é ruim para os investidores, mas não para aqueles que investiram em NTN-Bs, os títulos públicos atrelados ao IPCA. Eles foram o grande destaque da renda fixa, ao lado dos prefixados, que se beneficiaram da "queda-surpresa" da Selic no meio do ano.

Para o ano que vem, o consultor financeiro Mauro Calil não aconselha concentrar todos os investimentos em renda fixa em um único tipo de título. A inflação deve continuar relativamente alta, e mesmo que a taxa de juros caia ainda mais, acredita-se que essa queda já esteja precificada nos prefixados, que já não devem pagar prêmios tão altos. Veja no vídeo a seguir o que o balanço dos investimentos significa para o investidor:

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