O Banco Central divulgou recentemente que um total de R$ 8,51 bilhões ainda está disponível para resgate no Sistema de Valores a Receber (SVR), serviço lançado para ajudar cidadãos e empresas a recuperarem dinheiro esquecido em contas bancárias, consórcios e outras instituições financeiras. Esse montante, referente ao mês de junho, representa um aumento em relação aos meses anteriores, indicando que muitos brasileiros ainda não acessaram ou não concluíram o processo de recuperação de seus valores.

O SVR é uma plataforma online desenvolvida pelo Banco Central para facilitar a consulta e o resgate de valores esquecidos. Pessoas físicas, incluindo aquelas que representem indivíduos falecidos, e empresas podem utilizar o sistema para verificar se têm algum dinheiro não resgatado. Esses valores podem incluir saldos remanescentes de contas encerradas, tarifas cobradas indevidamente, cotas de consórcios não sacadas, entre outros.

Para utilizar o sistema, o usuário deve acessar o site oficial do Banco Central dedicado ao SVR. A consulta é simples e requer a utilização de uma chave PIX para a devolução dos valores. A chave PIX, que pode ser associada ao CPF, e-mail, número de telefone ou uma chave aleatória, é necessária para que o Banco Central possa processar a devolução do dinheiro de forma rápida e segura.

Se o usuário não possui uma chave PIX cadastrada, é possível entrar em contato com a instituição financeira indicada no sistema para discutir outras formas de recebimento. Outra opção é criar uma chave PIX e retornar ao SVR para finalizar o processo de resgate.

A recuperação de valores esquecidos não se limita a pessoas físicas. Empresas também podem acessar o sistema e verificar se têm recursos disponíveis para resgate. Em muitos casos, esses valores podem estar relacionados a cobranças indevidas ou sobras de capital de cooperativas de crédito.

Cuidado com golpes

O Banco Central alerta que o SVR é o único canal oficial para realizar a consulta e solicitar a devolução dos valores. Essa orientação é importante para evitar que os usuários caiam em golpes que possam surgir, com criminosos se passando por representantes de instituições financeiras ou do próprio Banco Central.

Além da consulta online, o processo de resgate pode exigir a apresentação de documentos adicionais, especialmente no caso de valores pertencentes a pessoas falecidas. Herdeiros, testamentários, inventariantes ou representantes legais precisam fornecer um termo de responsabilidade e seguir os procedimentos específicos indicados pelo sistema para garantir o recebimento dos valores.

O SVR é parte de uma iniciativa mais ampla do Banco Central para aumentar a transparência e a eficiência do sistema financeiro brasileiro, garantindo que cidadãos e empresas tenham acesso a recursos que, por diversos motivos, acabaram esquecidos ou não reclamados. Embora o montante disponível para resgate tenha aumentado nos últimos meses, a expectativa é que mais pessoas e empresas utilizem o sistema para recuperar seus valores, reduzindo gradativamente o total ainda não reclamado.