Mercado imobiliário

Imóvel com um quarto cresce em participação nas vendas

Presença nas vendas aumenta 5,3% em relação ao patamar histórico; imóveis menores são os mais procurados

Participação dos imóveis de um quarto é semelhante à de imóveis de quatro quartos (Urbane Apartments/Creative Commons)

Participação dos imóveis de um quarto é semelhante à de imóveis de quatro quartos (Urbane Apartments/Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2011 às 11h42.

São Paulo - Apesar de manter-se em último lugar na classificação dos mais vendidos na capital paulista, o imóvel com um quarto aparece com destaque na pesquisa do Sindicato da Habitação em São Paulo (Secovi-SP) relativa ao mês de março, divulgada nesta segunda-feira (16).

Na comparação simples, o imóvel com um dormitório é o último do ranking, com participação de 12,3% (194 unidades) no volume comercializado. Contudo, em relação ao patamar histórico, que vinha se mantendo na casa dos 7%, houve crescimento de 5,3%.

De acordo com o Secovi-SP, na capital paulista os imóveis com um dormitório atendem diferentes estilos e diferentes bolsos. Há para escolher desde o tipo econômico, com valores inferiores a 130.000 reais, até unidades com preços acima de 700.000 reais.

Em relação aos preços, o entendimento é que, além do acabamento e da localização, que são componentes de valor, a área útil de um apartamento com um dormitório pode equivaler, ou aproximar-se, da área útil de um apartamento com quatro dormitórios.

A menção ao quatro dormitórios remete a outro aspecto a considerar. Este tipo de imóvel - terceiro e também penúltimo colocado no ranking de vendas, teve, em março, participação de 13,3% nas vendas totais, com 208 comercializações, diferença de somente 15 unidades em relação ao resultado das unidades com um dormitório.

O imóvel líder de vendas

Quanto à liderança nas vendas de imóveis na capital paulista em março (2011), foi mantida pelo imóvel com dois dormitórios. Este nicho participou com 48,1% (754 unidades), enquanto o de três dormitórios ficou em segundo lugar, respondendo por 26,2% (411 unidades) da comercialização.


As ofertas de imóveis com dois dormitórios dividiram-se na escala, do econômico ao alto padrão. No movimento de comercialização, diz o Secovi-SP, “merecem destaque bairros como Itaim e Vila Olímpia, que dividem espaço com os mais tradicionais para o setor, como Guaianazes e Vila Maria, por exemplo”.

“Com isso, a faixa de preços de imóveis com dois dormitórios pode situar-se, na média, entre 120.000 reais e 250.000 reais, ou superar 700.000 reais. Unidades com três dormitórios, em março, apresentaram bons resultados de vendas em bairros tradicionais (Tatuapé, Butantã, Alto da Mooca, Morumbi etc.), e nas faixas de valores entre 300.000 reais e 1.000.000 de reais”, informa o sindicato.

Balanço

Do total vendido no mês (1.566 unidades), 88,4% têm área útil média de até 130 metros quadrados, totalizando 1.384 unidades. A pesquisa do Secovi-SP aponta também que 44,8% (701) dos imóveis comercializados são representados por unidades com área útil média entre 46 metros quadrados e 65 metros quadrados, somando mais da metade das unidades com até 130 metros quadrados.

As vendas registradas na capital paulista corresponderam a 40,2% (3.899 unidades) do volume comercializado na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). Significa que, no terceiro mês do ano, quase 60% (59,8%) do total foram negociados nos demais municípios que compõem a RMSP.

“Essa relação entre Capital e Região Metropolitana evolui em tendência decrescente, conforme temos comentado nas pesquisas anteriores. Se a legislação (zoneamento da cidade de São Paulo) não for revista, a tendência será irreversível”, opina o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci.

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