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A hora de tomar um empréstimo é agora

Crédito para pessoa física vai ficar gradativamente mais caro

Agência bancária em São Paulo: com previsão de alta dos juros, o ideal é antecipar emprético (Antônio Milena/Exame)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h10.

São Paulo - Diante de um ciclo de alta dos juros em 2010, os especialistas afirmam que não haverá escapatória: o crédito para pessoa física vai ficar gradativamente mais caro.

A recomendação para quem precisa tomar empréstimos é que antecipe sua decisão. "Esse aumento dos juros não vai acontecer de uma só vez, mas sim ao longo de algumas rodadas no decorrer do ano. Mesmo assim, quanto mais se demorar, maiores serão as chances de o interessado pegar uma taxa mais alta", alerta Alexandre Andrade, economista da Tendências Consultoria.

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Magnitudes diferentes
Os juros de todas as linhas de crédito para pessoa física devem aumentar, mas em magnitudes diferentes. Em momentos de elevação da Selic, explicam os especialistas, as taxas daquelas linhas mais baratas e de menor risco aos bancos, como o crédito consignado, tendem a aumentar com menos força. O outro lado da moeda é que os juros dos empréstimos mais arriscados e caros, como cartão de crédito e cheque especial, também sobem com maior vigor.

Em outras palavras, num ciclo de alta dos juros, ganham peso os velhos conselhos de finanças pessoais. "A melhor opção é fugir dos créditos de emergência. Se o consumidor puder, ele deve tomar o crédito consignado, que é a linha mais barata", explica Luiza Rodrigues, economista do Santander.

 <hr>                                   <p class="pagina">O financiamento de veículos também tende a sofrer relativamente menos o aumento da taxa básica porque oferece o próprio bem adquirido como garantia de pagamento aos bancos. A variação da Selic também influencia de forma menos acentuada o financiamento imobiliário porque a maior parte desse crédito provém de recursos da poupança e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), com taxas definidas pelo governo.<br><strong><br>Taxas pré e pós-fixadas</strong><br> Quase todas as carteiras de crédito ao consumidor oferecem pagamento com taxas pré-fixadas. Trocando em miúdos, as parcelas são fixas, com juros determinados no momento da assinatura do contrato.<br><br>"As taxas pós-fixadas, em que os juros flutuam conforme a taxa Selic, começaram a reaparecer no mercado ultimamente", afirma Evaldo Alves, professor de economia da Fundação Getúlio Vargas.<br><br>Com a estabilidade monetária vivida pelo Brasil, essa modalidade é vista como uma boa opção para quem tomar um financiamento de longo prazo. "Eu sugiro a pós-fixada porque ninguém faz um financiamento imobiliário de dois anos. Em 2010, os juros ficarão mais altos, mas, nos próximos dez ou 15 anos, a taxa Selic deve cair muito", explica a economista do Santander. No entanto, é preciso estudar os riscos dos juros flutuantes. "Pode acontecer alguma coisa errada como já aconteceu em outras épocas", alerta.</p>        <hr>                                                               <p class="pagina"><strong>Entenda as melhores opções de crédito</strong><br><br><strong>Financiamento de veículos:</strong> Os ajustes nas taxas costumam levar cerca de 20 dias para ocorrer em função das revisões de contratos entre bancos, financeiras e concessionárias. Por possuir o próprio automóvel como garantia, essas linhas são menos arriscadas e sua elevação dá-se de forma mais moderada se comparada às do resto do mercado. Como se trata de uma linha de médio prazo e não se espera recuo expressivo da Selic pelo menos até o final de 2011, pegar um financiamento prefixado agora é uma forma de garantir parcelas comparativamente mais modestas às que virão pela frente.<br><br><strong>Crédito pessoal e consignado: </strong>Também sofrem ajustes com maior defasagem. A recomendação é comparar o valor final financiado e o à vista para saber quanto de juros e encargos estão embutidos no financiamento. O consignado é a opção mais barata de crédito para pessoa física.</p> 

Evite

Cheque especial:
É o primeiro a ser afetado pelo aumento dos juros. Os bancos repassam a elevação diretamente ao consumidor. Deve ser usado somente para emergências e nunca para financiar bens de consumo duráveis.

Cartão de crédito: O reajuste leva alguns dias porque os bancos precisam rever os contratos com as empresas de cartão. Depois da revisão, passam a valer as novas taxas. O financiamento de produtos por meio desta linha de financiamento deve ser feito com cautela. Não se deve optar por um número muito grande de prestações e as parcelas não devem ultrapassar 30% da renda disponível do consumidor.

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