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Dólar cai para R$ 3,75. Mas ainda não é hora de comprar 

Com a aprovação da reforma da Previdência, a expectativa é que o dólar caia ainda mais nos próximos dias

Dólar: em corretoras de câmbio, o dólar turismo era vendido por 3,92 reais (iStock/Getty Images)

Dólar: em corretoras de câmbio, o dólar turismo era vendido por 3,92 reais (iStock/Getty Images)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 11 de julho de 2019 às 05h00.

Última atualização em 11 de julho de 2019 às 06h51.

São Paulo - O otimismo do mercado financeiro com tramitação da reforma da Previdência fez o dólar comercial voltar a ser negociado na casa dos 3,75 reais na última quarta-feira. É o menor valor registrado desde fevereiro deste ano. 

No final da tarde de ontem, nas corretoras de câmbio, o dólar turismo era vendido por 3,92 reais, segundo o site de preços de moedas MelhorCâmbio. 

A queda do dólar nos últimos dias anima quem precisa comprar a moeda. Apesar do cenário parecer propício, especialista ouvido por EXAME garante que agora ainda não é o melhor momento para realizar a compra. Isso porque o dólar deve cair ainda mais nos próximos dias. Com a aprovação da reforma em primeiro turno na Câmara, o texto será votado em segundo turno. Em seguida, a PEC será encaminhada para votação no Senado.

Fernando Bergallo, economista e diretor de Câmbio da FB Capital, estima que com a aprovação da reforma da Previdência em todas as etapas acima, o dólar comercial sofrerá um ajuste podendo chegar em 3,65 reais. Como a queda do dólar comercial reflete no turismo, “ é melhor esperar para comprar.”

A orientação serve tanto para quem planeja uma viagem nos próximos 30 dias, como para quem já pensa onde passará as férias no final do ano. 

Se for a segunda opção, o especialista destaca ainda que outras reformas, como a tributária, devem entrar em pauta na sequência da previdenciária, e que caso seja aprovada deve derrubar ainda mais o preço do dólar. “Mas isso ainda nem começou a ser discutido." Entretanto, quem tem uma viagem planejada no longo prazo deve ficar atento. 

Como economizar

Para diminuir prejuízos com a alta da moeda americana ante o real, além de comprar dólares aos poucos, o caminho é pesquisar.

A pesquisa pode ser feita inicialmente no site do Banco Central, com a ferramenta Ranking do VET, que mostra as corretoras de câmbio que praticam o Valor Efetivo Total (VET) mais vantajoso na compra da moeda.

O VET é uma taxa que inclui não apenas o custo da moeda estrangeira, mas também as tarifas e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) incidentes na conversão.

Contudo, os valores praticados pelas instituições financeiras hoje podem ser diferentes daqueles praticados no mês de referência da pesquisa. O ranking, portanto, deve ser utilizado apenas como uma sinalização sobre quais casas podem cobrar os menores preços.

Para chegar a uma conclusão mais precisa, é recomendável pesquisar os custos que as corretoras oferecem no dia em que será feita a conversão e, por fim, checar se a conversão é, de fato, a mais vantajosa em sites comparadores de preços, que mostram as cotações em tempo real, tomando o cuidado de verificar se todas as corretoras que cobram uma taxa de conversão melhor estão incluídas na listagem.

Em momentos de alta da moeda e volatilidade do mercado, o viajante deve evitar ao máximo realizar gastos no cartão de crédito durante a viagem. No cartão de crédito, a cotação da moeda normalmente é definida na data de fechamento da fatura, enquanto na aquisição de moeda em espécie e recarga do cartão pré-pago vale a cotação do momento em que foi realizada a transação.

A desvantagem do cartão pré-pago é a incidência de 6,38% de IOF, que baixa para 1,1% sobre o valor da compra no caso de moedas em espécie.

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