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Devo esperar os preços caírem para comprar um imóvel?

Internauta receberá herança e quer usá-la para trocar de imóvel, mas pretende aplicar a quantia até que os preços dos imóveis atinjam um melhor patamar

Moedas com casas ao fundo: para especialistas, aplicar dinheiro e esperar preços dos imóveis caírem pode ser uma boa (Stock.xchng)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2013 às 12h09.

Dúvida do internauta: vou receberimóveisavaliados em 100 mil reais comoherança. Meuapartamento, onde moro, vale mais ou menos 200 mil reais. Minha ideia era vender tudo e comprar outro imóvel, um pouco melhor. Como os imóveis estão caros, seria melhor investir os 100 mil reais em umaaplicação financeirade baixo risco, e deixar para comprar quando o mercado estivesse mais estabilizado, com preços mais baixos? Minha outra ideia era vender os imóveis, separar a quantia necessária para pagar aluguel durante o prazo de um contrato e investir o restante em aplicações financeiras. Assim, se os imóveis desvalorizassem, eu já teria vendido meu apartamento e não perderia dinheiro. É uma boa estratégia?

Resposta de Samy Dana e Alex Del Giglio*:

O preço dos imóveis nas grandes capitais subiu significativamente, muito além do que pode ser explicado pelos fundamentos do setor imobiliário.

Somado a isso, a economia brasileira passa por um período difícil, com inflação em patamar desconfortável, resultando em acréscimos sucessivos da taxa Selic e arrefecimento do consumo.

Diante desse quadro, aplicar os 100 mil reais em instrumentos financeiros de baixo risco, que acompanham a taxa Selic, é uma alternativa bastante razoável. Para tanto, recomendo Fundos Referenciados DI , com alta liquidez e baixa taxa de administração. Esses fundos remuneram em torno de 100% do CDI.

Em relação à venda do apartamento em que você reside, é necessário avaliar alguns fatores antes de decidir pela venda. O principal fator a ser analisado é a comparação do retorno líquido do aluguel com o retorno líquido de aplicações financeiras conservadoras.

Se você vender o imóvel por 200 mil reais e alocar o recurso em uma aplicação financeira de baixo risco e alta liquidez, como Fundos DI, o rendimento, hoje, será em torno de 0,55% ao mês, ou seja, 1.100 reais.

Pergunte-se: Esse valor é suficiente para locar um imóvel equivalente?

Caso a resposta seja afirmativa, é preferível deixar o recurso rendendo no banco e pagar aluguel. Caso a resposta seja negativa mantenha o imóvel de 200 mil reais para moradia e aplique, somente, os 100 mil reais oriundos da herança no mercado financeiro.

Em qualquer dos casos, espere uma provável queda e acomodação dos preços para comprar seu imóvel de 300 mil reais, visto que existem sinalizações de um novo ambiente para o setor.

(*) Samy Dana é Ph.D. em Business, professor da FGV e coordenador do Núcleo de Cultura e Criatividade GV Cult. É consultor de empresas nacionais e internacionais dos setores real e financeiro e de órgãos governamentais, além de autor de livros de finanças pessoais. Esta resposta foi escrita em parceria com Alex Del Giglio, economista pela Univerisidade de São Paulo (USP), com extensão em finanças pela ESC Bordeaux e mestrado em Administração pela FGV. Responsável pela área educacional da Prime Finance Investimentos AAI Ltda., com sede em Manaus.

Perguntas, críticas e observações em relação a esta resposta? Deixe um comentário abaixo!

Envie suas dúvidas sobre planejamento financeiro e investimentos para seudinheiro_exame@abril.com.br.

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Dúvida do internauta: vou receberimóveisavaliados em 100 mil reais comoherança. Meuapartamento, onde moro, vale mais ou menos 200 mil reais. Minha ideia era vender tudo e comprar outro imóvel, um pouco melhor. Como os imóveis estão caros, seria melhor investir os 100 mil reais em umaaplicação financeirade baixo risco, e deixar para comprar quando o mercado estivesse mais estabilizado, com preços mais baixos? Minha outra ideia era vender os imóveis, separar a quantia necessária para pagar aluguel durante o prazo de um contrato e investir o restante em aplicações financeiras. Assim, se os imóveis desvalorizassem, eu já teria vendido meu apartamento e não perderia dinheiro. É uma boa estratégia?

Resposta de Samy Dana e Alex Del Giglio*:

O preço dos imóveis nas grandes capitais subiu significativamente, muito além do que pode ser explicado pelos fundamentos do setor imobiliário.

Somado a isso, a economia brasileira passa por um período difícil, com inflação em patamar desconfortável, resultando em acréscimos sucessivos da taxa Selic e arrefecimento do consumo.

Diante desse quadro, aplicar os 100 mil reais em instrumentos financeiros de baixo risco, que acompanham a taxa Selic, é uma alternativa bastante razoável. Para tanto, recomendo Fundos Referenciados DI , com alta liquidez e baixa taxa de administração. Esses fundos remuneram em torno de 100% do CDI.

Em relação à venda do apartamento em que você reside, é necessário avaliar alguns fatores antes de decidir pela venda. O principal fator a ser analisado é a comparação do retorno líquido do aluguel com o retorno líquido de aplicações financeiras conservadoras.

Se você vender o imóvel por 200 mil reais e alocar o recurso em uma aplicação financeira de baixo risco e alta liquidez, como Fundos DI, o rendimento, hoje, será em torno de 0,55% ao mês, ou seja, 1.100 reais.

Pergunte-se: Esse valor é suficiente para locar um imóvel equivalente?

Caso a resposta seja afirmativa, é preferível deixar o recurso rendendo no banco e pagar aluguel. Caso a resposta seja negativa mantenha o imóvel de 200 mil reais para moradia e aplique, somente, os 100 mil reais oriundos da herança no mercado financeiro.

Em qualquer dos casos, espere uma provável queda e acomodação dos preços para comprar seu imóvel de 300 mil reais, visto que existem sinalizações de um novo ambiente para o setor.

(*) Samy Dana é Ph.D. em Business, professor da FGV e coordenador do Núcleo de Cultura e Criatividade GV Cult. É consultor de empresas nacionais e internacionais dos setores real e financeiro e de órgãos governamentais, além de autor de livros de finanças pessoais. Esta resposta foi escrita em parceria com Alex Del Giglio, economista pela Univerisidade de São Paulo (USP), com extensão em finanças pela ESC Bordeaux e mestrado em Administração pela FGV. Responsável pela área educacional da Prime Finance Investimentos AAI Ltda., com sede em Manaus.

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