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Declarar IR ficou mais fácil em 2013; veja o que mudou

Novas funcionalidades tornam a declaração mais simples ao importar dados da declaração passada e ao detalhar melhor algumas informações


	Ficha de pagamentos efetuados importará o nome e o CNPJ das empresas relacionadas na declaração passada
 (Getty Images)

Ficha de pagamentos efetuados importará o nome e o CNPJ das empresas relacionadas na declaração passada (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2013 às 17h23.

São Paulo - O programa gerador do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (IRPF), que estará disponível para download no site da Receita a partir de segunda-feira, terá novas funcionalidades este ano. Bom para o contribuinte, que terá acesso a um programa mais intuitivo e bom também para a Receita Federal, que receberá informações de forma mais detalhada. 

Segundo Edino Garcia, coordenador editorial de Imposto de Renda da IOB Folhamatic, empresa do grupo Sage, as mudanças no programa são uma preparação para a declaração do IR de 2014, que já deve vir pré-preenchida pela Receita. "A Receita queria já disponibilizar o programa pré-preenchido este ano, mas não deu tempo, por isso essas mudanças são uma preparação para o ano que vem". 

Veja a seguir o que muda na declaração do imposto de renda de 2013, segundo a IOB Folhamatic Sage. 

Ficha de pagamentos efetuados importará dados da declaração passada

A partir deste ano, os contribuintes não precisarão mais preencher novamente o nome e o CNPJ ou CPF da empresa ou pessoa física para a qual efetuaram pagamentos em 2012. Essas informações serão importadas da última declaração e o contribuinte precisará apenas atualizar os valores dos pagamentos. "Antes era preciso preencher todo ano o nome da escola, por exemplo, e como todo ano é a mesma escola, a importação dos dados facilita o preenchimento da declaração", comenta Garcia. 

O contribuinte deverá, portanto, selecionar quais das empresas ou pessoas físicas cujas informações foram importadas da declaração passada permanecerão na declaração deste ano e deve ignorar aquelas que tiveram as informaçoes importadas, mas que não devem aparecer na ficha de pagamentos realizados em 2012.

Informações sobre a fonte pagadora também serão importadas

Assim como os pagamentos efetuados, também as informações sobre a fonte pagadora serão importadas da última declaração para que o contribuinte não perca tempo com informações que permanecem iguais. Mais uma vez, apenas os valores devem ser alterados, já que eles mudam a cada ano.

Ficha de doações e pagamentos efetuados foi separada

A partir deste ano, o programa terá duas fichas diferentes, uma para os pagamentos efetuados e outra para as doações. "Com uma única ficha, muitas pessoas misturavam os códigos de pagamentos e doações. Agora, se o contribuinte não fez nenhuma doação, ele nem precisa abrir a ficha de doações", afirma Edino Garcia. 


Programa gera quadro com o resumo das doações e limite de deduções

Ao preencher a ficha de doações, automaticamente

Existe uma série de doações com incentivo tributário, que para serem abatidas, não devem superar o percentual de 6% do imposto de renda devido. Além disso, cada tipo de doação tem o seu limite. Elas devem ter sido efetuadas ao longo do ano de 2012. Contudo, assim como no ano passado, as doações aos fundos de amparo à criança e ao adolescente feitas até dia 30 de abril ainda podem ser deduzidas da declaração de IR 2013, até um limite de 3% do IR devido. A opção pela doação pode ser feita no ato do preenchimento da declaração no programa.

Ficha de rendimentos isentos e não tributáveis será mais detalhada

A ficha continua com o mesmo nome e não foi desmembrada, mas foram acrescentadas novas linhas (do número 15 ao 23) que detalham melhor os tipos de rendimentos isentos e não tributáveis. "Antes era mais sucinto e agora, por exemplo, nós temos uma linha para bolsas de estudo e uma outra para bolsas de estudo para médicos residentes", explica o coordenador editorial de Imposto de Renda da IOB Folhamatic Sage. 

Rendimentos resultantes de investimentos em ações, por exemplo, que antes deveriam ser relacionados como "outros", agora possuem uma linha específica para esse tipo de informação, assim como as restituições, que a partir desse ano também ganharão um espaço exclusivo.

Segundo Edino Garcia, com essas novas linhas a Receita terá um maior controle sobre onde está circulando o dinheiro, o que facilitará o trabalho de cruzamento de dados. "As novas linhas são importantes para que a Receita observe de forma mais detalhada a variação patrimonial do contribuinte e avalie se ele possui renda suficiente para comprar um imóvel ou um carro, por exemplo", diz.

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