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As ações que pagam dividendos mais indicadas para março

Ações da Telefônica Vivo são as mais indicadas pelas corretoras para o mês de março, seguidas pelos papéis da BB Seguridade e Cielo


	Homem aponta coluna em gráfico: ações da Telefônica Vivo são as mais indicadas pelas corretoras para o mês de março
 (Gajus/Thinkstock)

Homem aponta coluna em gráfico: ações da Telefônica Vivo são as mais indicadas pelas corretoras para o mês de março (Gajus/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 2 de março de 2016 às 16h31.

São Paulo - Entre as ações boas pagadoras de lucro, a Telefônica foi a mais indicada para março. Os papéis da empresa de telefonia foram sugeridos em cinco das nove carteiras de dividendos enviadas por corretoras a EXAME.com.

As ações da BB Seguridade e da Cielo ficaram empatadas em segundo lugar, presentes em quatro dos nove portfólios recebidos.

Os dividendos são os lucros repassados pelas empresas aos seus acionistas. As ações que pagam mais dividendos costumam ser líderes de mercado ou operar em setores com demanda estável, como o de energia e o financeiro. Por serem negócios mais estáveis, a exigência de reinvestimento dos lucros na empresa é baixa, o que permite que sejam distribuídos lucros maiores aos investidores.

Essas características também levam esse tipo de ação a não oscilar tanto na bolsa como as de outras empresas, mais sensíveis a mudanças no cenário econômico. Por essa razão, as ações boas pagadoras de dividendos são chamadas também de ações defensivas.

Veja também as carteiras de ações recomendadas por 17 corretoras para março.

Justificativas para as indicações

As ações da Telefônica (VIVT4) são recomendadas pelos analistas da Guide por conta da solidez do negócio da empresa e pelos seus resultados consistentes, registrados em um cenário econômico adverso. O relatório da Guide também destaca que a empresa deve distribuir 7,10% do valor da ação em dividendos neste ano, e que a companhia mantém um índice de alavancagem (relação entre endividamento e patrimônio) confortável. 

Os analistas do Santander apontam que 40% da geração de caixa da BB Seguridade (BBSE3) vem de ganhos obtidos com o investimento dos valores captados na venda de seguros em aplicações de renda fixa, que têm se mostrado atrativas com o alto patamar da taxa básica de juros (Selic), que está em 14,25% ao ano. Isso tende a aumentar os lucros do braço segurador do grupo Banco do Brasil e, consequentemente, os valores distribuídos como dividendos. 

Os analistas do Citi recomendam as ações da Cielo (CIEL3) pelo consistente histórico de resultados da empresa processadora de cartões, que atua em um segmento com alto potencial de crescimento no país. Como consequência, a expectativa é que o lucro por ação da empresa registre crescimento superior a 10% nos próximos três anos. 

Recuperação pontual

No mês de fevereiro, o Idiv (Índice Dividendos), que mede o comportamento das ações boas pagadoras de lucro, teve alta de 8,2%. Já o Ibovespa, principal índice de referência da bolsa brasileira, fechou o mês com alta de 5,91%.

Em linha com o Ibovespa e o Idiv, seis das nove carteiras de dividendos registraram performance positiva em fevereiro. O melhor resultado foi apresentado pela carteira da Coinvalores, que subiu 8,15% no mês. Já a carteira da Ativa registrou o pior desempenho: baixa de 4,67%. 

Em fevereiro, a trajetória da bolsa no Brasil resistiu ao rebaixamento da nota de crédito do país pelas agências de classificação de riscos S&P e Moody´s. Um dos fatores que colaboraram para essa resistência foi a recuperação de ações que estavam muito desvalorizadas depois da forte queda registrada na bolsa em janeiro, de acordo com análise do BB Investimentos.

Contudo, a recuperação das ações na bolsa tende a ser pontual, já que não foram divulgados dados que indiquem uma melhora no cenário econômico do país, de acordo com relatório produzido pelos analistas da corretora Planner. 

Confira a seguir as carteiras recomendadas de dividendos para março. 

Ativa

Desempenho em fevereiro: -4,67%. Desempenho no ano: -6,69%.

Não houve alterações na carteira de março.

Ação Preço-alvo Yield estimado para 2016 Peso
Ambev (ABEV3) ND ND 20%
Cielo (CIEL3) ND ND 20%
Metal Leve (LEVE3) ND ND 20%
SulAmérica (SULA11) ND ND 20%
Valid (VLID3) ND ND 20%

Citi

Desempenho em fevereiro: -1,56%.  Desempenho no ano: -2,3%.

Ação incluída: Sabesp. Ação retirada: Cetip.

Ação Preço-alvo Yield Estimado para 2016 Peso
Ambev (ABEV3) R$ 23,00 5,00% 20%
BB Seguridade (BBSE3) R$ 32,80 7,30% 20%
Cielo (CIEL3) R$ 43,00 1,80% 20%
Sabesp (SBSP3) R$ 28,70 1,90% 20%
Valid (VLID3) R$ 58,50 4,10% 20%

Coinvalores

Desempenho em fevereiro: +8,15%. Desempenho no ano: +5,85%.

Ações incluídas: CVC e Telefônica. Ações retiradas: Ambev e BM&FBovespa.

Ação Preço-alvo Yield estimado para 2016 Peso
AES Tietê (TIET11) ND ND 20%
Bradesco (BBDC4) ND ND 20%
CVC (CVCB3) ND ND 20%
Smiles (SMLE3) ND ND 20%
Telefônica Vivo (VIVT4) ND ND 20%
 

Guide 

Desempenho em fevereiro: +5,55%. Desempenho no ano: .+2,40%

Não houve alterações na carteira para março. 

Ação Preço-alvo Yield Estimado para 2016 Peso
AES Tietê (TIET11) ND 9,80% 20%
Alupar (ALUP11) ND Superior a 10% 20%
Ambev (ABEV3) ND 5,40% 20%
Taesa (TAEE11) ND 10% 20%
Telefônica Brasil (VIVT4) ND 7,10% 20%

Magliano 

Desempenho em fevereiro: +5,30%. Desempenho no ano: .

Não houve alterações na carteira para março.

Ação Preço-alvo Yield Estimado para 2016 Peso
Comgás (CGAS5) ND 8,35% 33,33%
Eletropaulo (ELPL4) ND 2,77% 33,33%
Telefônica Brasil (VIVT4) ND 3,36% 33,33%

Planner

Desempenho em fevereiro: +5,76%. Desempenho no ano: +5,08%.

Ações incluídas: Alpargatas, Banco do Brasil, CCR e Eztec. Ações retiradas: Bradesco, Multiplus, Natura e Ultrapar.

Ação Preço-alvo Yield estimado para 2016 Peso
Alpargatas (ALPA4) R$ 9,50 4,2% 20%
Banco do Brasil (BBASE3) R$ 19,50 7,0% 20%
CCR (CCRO3) R$ 16,40 3,9% 20%
Eztec (EZTC3) R$ 22,70 4,9% 20%
Totvs (TOTS3) R$ 35,00 3,2% 20%

Quantitas 

Desempenho em fevereiro: +5,32%. Desempenho no ano: X.

Ação incluída: Braskem. Ação retirada: Ultrapar.

Ação Preço-alvo Yield estimado para 2015 Peso
BB Seguridade (BBSE3) ND ND 12,50%
Bradesco (BBDC4) ND ND 12,50%
Braskem (BRKM5) ND ND 12,50%
Cielo (CIEL3) ND ND 12,50%
Grendene (GRND3) ND ND 12,50%
Itaúsa (ITSA4) ND ND 12,50%
Telefônica Vivo (VIVT4) ND ND 12,50%
Valid (VLID3) ND ND 12,50%

Rico

Desempenho em fevereiro: +6,92%. Desempenho no ano: +3,77%.

Ação incluída: Alupar. Ação retirada: Cetip.

Ação Preço-alvo Yield Estimado para 2015 Pesos
Alupar (ALUP11) ND ND 12,50%
BB Seguridade (BBSE3) ND ND 12,50%
Equatorial (EQTL3) ND ND 12,50%
Grendene (GRND3) ND ND 12,50%
Metal Leve (LEVE3) ND ND 12,50%
Natura (NATU3) ND ND 12,50%
Telefônica Vivo (VIVT4) ND ND 12,50%
Transmissão Paulista (TRPL4) ND ND 12,50%

Santander 

Desempenho em fevereiro: -0,58%. Desempenho no ano: X.

Ação retirada: Cemig. Ação incluída: AES Tietê.

Ação Preço-alvo* Yield Estimado para 2016 Peso
AES Tietê (TIET11) R$ 18,70 10,00% 12%
Alupar (ALUP11) R$ 15,70 10,60% 13%
BB Seguridade (BBSE3) R$ 40,00 7,30% 14%
Cielo (CIEL3) R$ 47,00 2,00% 15%
Itaú (ITUB4) R$ 33,00 5,00% 20%
Porto Seguro (PSSA3) R$ 39,00 6,50% 12%
Taesa (TAEE11) Em revisão 8,20% 14%
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