São Paulo - Depois de cinco meses na liderança, as ações do
Itaú Unibanco (
ITUB4) caíram para a terceira colocação entre as indicações de corretoras e bancos para setembro. Quem assumiu a primeira colocação foram os papéis de
BB Seguridade (
BBSE3),
Ambev (
ABEV3) e
Petrobras (
PETR4). O Itaú foi sugerido em 7 das 17 carteiras recomendadas de ações recebidas por
EXAME.com neste mês. Já as três companhias que dividiram a liderança do ranking tiveram 9 indicações cada uma. E na segunda colocação, ficaram os papéis do
Banco do Brasil (
BBAS3), com 8 recomendações. No mês de agosto, a carteira com melhor desempenho foi a da
XP Investimentos, que registrou valorização de 5,6%, uma alta maior que o resultado do Ibovespa, que avançou 1%. Na outra ponta, a carteira da
Geral Investimentos apresentou o pior desempenho, uma queda de 1,98%. No geral, as avaliações da BB Seguridade enfatizam que ela é a segunda maior seguradora do Brasil e possui um contrato de exclusividade de 20 anos para a venda de seguros nas agências do Banco do Brasil. "A pequena penetração dos seguros no Brasil e forte canal de distribuição do Banco oferecem uma clara oportunidade de crescimento para a companhia", afirmou a Geral Investimentos. No caso da Ambev, o que chama atenção dos analistas são as altas margens de rentabilidade, ganhos de market share, forte geração de caixa e o perfil de boa pagadora de dividendos —parte do lucro da empresa distribuída aos acionistas. "A Ambev deve continuar buscando um equilíbrio entre volumes, preços e mix de vendas. A atuação na região Norte e Nordeste está se tornando cada vez mais forte e a companhia está aumentando a disponibilidade de seu portfolio por lá", disse a Geral. Os comentários sobre a Petrobras também foram otimistas. Segundo a XP, a empresa "se beneficiará de uma gestão mais voltada para retorno, com venda de ativos, parceria com a Statoil, dólar mais baixo, provável extinção do modelo de pré-sal, e a manutenção dos prêmios dos preços dos derivados (gasolina e diesel), o que tem ajudado a melhorar o caixa da companhia". Para o Banco do Brasil, no geral, os analistas disseram que a instituição financeira está bastante descontada, apesar da valorização do preço da ação em 2016. "Além disso, uma possível alteração de viés da intervenção do acionista controlador pode reduzir o retorno requerido pelos investidores (taxa de desconto), devido à redução de percepção de risco, e/ou melhorar a perspectiva de lucratividade da empresa", disse a Spinelli. Já as justificativas para as recomendações do Itaú continuaram citando que ele é um dos maiores bancos do Brasil e apresenta os melhores índices de rentabilidade do setor.
Perspectivas Apesar da continuidade do desempenho positivo da bolsa em agosto, que registra uma sequência de alta nos últimos três meses, analistas indicam que um movimento indefinido deve se sobrepor a essa maré positiva neste mês. Para o BB Investimentos, o mercado deve agora monitorar as novas medidas econômicas que serão anunciadas pelo governo recém-empossado do presidente Michel Temer, para só a partir disso dar seu voto de confiança na continuidade da melhoria econômica do país, ainda recessivo. Os analistas da corretora Ativa apontam que as medidas de ajuste fiscal anunciadas durante os primeiros meses da gestão interina pouco evoluíram. “O mercado foi paciente enquanto dizia-se que os recuos do governo faziam parte da estratégia de atender exigências de políticos para angariar apoio ao processo de impeachment. Agora, encerrado esse processo, é importante o governo dar um sinal rápido, senão é possível que a paciência do mercado não dure muito”, disseram. No exterior, as discussões se voltarão para a possibilidade de elevação da taxa de juros pelo banco central americano (Fed) no dia 21.
Carteiras Navegue pelas fotos e compare as carteiras recomendadas por 17 corretoras para o mês de setembro. Elas estão organizadas por ordem alfabética.