83% dos que contratam o microcrédito da Caixa têm nome sujo
Desde o final do mês passado, a Caixa empresta até R$ 1.000 para pessoas físicas e a taxa de juro varia entre 1,95% e 3,60% ao mês
Karla Mamona
Publicado em 19 de abril de 2022 às 12h35.
Última atualização em 20 de abril de 2022 às 12h14.
A Caixa informou nesta terça-feira, 19, que mais de 600 mil contratos de microcrédito foram realizados desde o início da operação do Programa de Simplificação do Microcrédito Digital para Empreendedores ( SIM Digital ), no final de março, totalizando um volume de R$ 464,29 milhões de reais. A maioria das contratações do crédito foi realizada por inadimplentes, que representa 83%. O volume contrato por quem tem o nome sujo foi de R$ 388,58 milhões e o tíquete médio foi de R$ 778,31.
Os empréstimos podem ser solicitados por quem está com o nome sujo ou quem tem restrições cadastrais. O crédito para pessoas físicas é de R$ 300 a R$ 1.000, com taxa de juro que varia de 1,95% até 3,60% ao mês e prazo para pagar de até 24 meses.
Já para os microempreendedores individuais, o crédito varia de R$ 1.5000 até R$ 3.000, parcelamento em até 24 meses e taxa de juros a partir de 1,99% até 3,60% ao mês. Para contratar a linha de crédito, é necessário ter uma conta na Caixa, ter mais de 12 meses de faturamento como microempreendedor individual, apresentar comprovante de residência e documentos pessoais e da empresa.
Para as pessoas físicas, o crédito pode ser contratado pelo aplicativo Caixa Tem. Para solicitar o crédito, é preciso que os interessados em obter os recursos tenham em seus celulares a última versão do aplicativo, que pode ser baixada nas lojas da Google Play ou Apple Store. Na sequência, é preciso fazer a atualização cadastral no CAIXA Tem, em que o usuário digitaliza o documento de identidade, envia uma foto “selfie” e informa a renda mensal. Para os MEIs, é necessário ir até a agência bancária.
“A análise do crédito demora alguns dias. A maioria dos empréstimos é aprovado. Mas não são todos que receberão este crédito. Tem que ser feita uma avaliação”, destacou Pedro Guimarães, presidente da Caixa.