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56% dos brasileiros têm dificuldades para guardar dinheiro; veja como começar

É o que aponta pesquisa da Acordo Certo, fintech de renegociação de dívidas online

Fintechs: possuem a vantagem de apresentar menos burocracia, mais comodidade no atendimento e taxas mais baixas (Francesco Carta fotografo/Getty Images)

Fintechs: possuem a vantagem de apresentar menos burocracia, mais comodidade no atendimento e taxas mais baixas (Francesco Carta fotografo/Getty Images)

Marília Almeida

Marília Almeida

Publicado em 17 de fevereiro de 2021 às 18h19.

Última atualização em 19 de fevereiro de 2021 às 09h45.

A pandemia desestabilizou a vida financeira de muita gente. Como resultado, 56% dos consumidores declaram ter dificuldades em guardar dinheiro. É o que aponta pesquisa da Acordo Certo, fintech de renegociação de dívidas online. O levantamento foi realizado com mais de 1,5 mil respondentes online em janeiro.

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Ainda de acordo com o levantamento, 50% dos respondentes também têm dificuldade de fazer um planejamento financeiro para organizar as contas.

Para Thales Becker, diretor de marketing da Acordo Certo, o planejamento financeiro é o primeiro e principal passo para conseguir fazer uma reserva de dinheiro. “A educação financeira é imprescindível. Afinal, é ela que apoia financeiramente os momentos de imprevisibilidade. Ninguém prevê perder um emprego ou ter gastos extras com medicamentos. Mas se criarmos aos poucos uma rotina de guardar dinheiro todo mês esse valor fará grande diferença ao lidar com uma situação inesperada."

O profissional lista 6 dicas para ajudar a criar uma reserva financeira emergencial:

Organize-se

O primeiro passo é analisar o orçamento mensal detalhadamente com o objetivo de identificar os gastos essenciais. Só a partir disso é possível organizar as dívidas em atraso, por exemplo.

Além disso, é necessário observar juros, prazos de pagamento e identificar se as parcelas estão com valores adequados ou se não seria melhor tentar uma renegociação. Após essa análise, é importante colocar as informações em uma uma planilha ou aplicativo, para uma melhor visualização.

Para onde está indo o dinheiro?

Após entender todos os gastos, um método que pode ser ajudar a entender melhor como estão sendo distribuídas as finanças é a regra do 50-30-20. É ela que auxilia a estabelecer uma proporção mensal para cada um dos tipos de gastos. Algo como:

• 50% para os gastos fixos (aluguel, parcela do carro, conta de luz, etc);
• 30% para os gastos flexíveis ou de qualidade de vida (compras de mercado, remédios, delivery, etc);
• 20% para os investimentos no futuro, construção da reserva de emergência e quitação de dívidas.

O ideal é fazer esses cálculos entendendo quanto essas porcentagens representam no orçamento mensal familiar para manter esses valores sempre em mente. Assim, fica mais fácil priorizar como investir o dinheiro.

Investir primeiro? Sim!

Quando o salário é mensal, o mais comum para as pessoas é pagar primeiro todos os gastos fixos Em seguida, partir para os gastos flexíveis. Por último, se sobrar, os investimentos no futuro. Mas a lógica ideal é a inversa: investir deve estar em primeiro lugar.

Quanto devo poupar para montar uma reserva emergencial?

De modo geral, é importante guardar entre três a seis meses de custos fixos, pois isso dá maior segurança em casos inesperados.

No caso de pessoas que têm remuneração variável ou que atuem fora do regime CLT, é importante que a reserva seja maior, já que não se pode contar com auxílios, como o seguro desemprego e o fundo de garantia.

Planeje o lazer

Uma viagem com a família, passeios ou entretenimento são gastos que podem parecer supérfluos, mas que podem ter um impacto positivo na saúde mental.

Por isso, planeje um valor mensal para despesas com lazer. Dessa forma, você evita gastar por impulso, o que prejudica o bem-estar financeiro.

Aplique o dinheiro

Para montar a reserva de emergência, a sugestão é escolher uma opção de investimento com rendimento acima da poupança, liquidez diária (ou seja, o valor pode ser resgatado imediatamente) e que tenham baixo risco, como forma de se proteger das oscilações do mercado.

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