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4 tendências para os investimentos em 2012

José Roberto Mendonça de Barros, da MB Associados, explica como o cenário macroeconômico para 2012 influencia as apostas no bolso do investidor

José Roberto Mendonça de Barros, da MB Associados: o cenário para 2012 não é nada brilhante (GERMANO LUDERS/EXAME)

José Roberto Mendonça de Barros, da MB Associados: o cenário para 2012 não é nada brilhante (GERMANO LUDERS/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2011 às 14h33.

São Paulo – Só com bola de cristal o investidor pode adivinhar o que vai acontecer no próximo ano. Mas avaliando a situação econômica mundial e as projeções de crescimento dos principais países do globo, é possível ter uma boa pista do cenário macroeconômico que vai se formar por aqui. E, dependendo do andar da carruagem econômica, é possível apontar as tendências do que vai estar em alta ou em baixa nos investimentos em 2012.

Em palestra em São Paulo, José Roberto Mendonça de Barros, da MB Associados, desenhou uma imagem de como deve andar a economia ano que vem. “Não é um cenário brilhante, mas pelo menos mostra algum crescimento”, disse Mendonça ao projetar uma expansão de 3,5% no PIB brasileiro no ano que vem, e de 2,7% em 2011. “Esse cenário considera um crescimento pequeno na Europa e nos Estados Unidos. Se houver recessão, a coisa muda e nós vamos entrar nessa também”, afirma.

Em conversa com EXAME.com, Mendonça apontou 4 tendências que o investidor deve ficar de olho em 2012:

1- Juros em baixa, títulos também

A Selic está terminando o ano em 11%. A queda não deve parar em 2012. De ponto em ponto percentual, a expectativa da MB Associadas é que a taxa básica de juros termine 2012 em 9% ao ano. Se ele estiver certo, títulos de renda fixa atrelados à Selic ficarão menos atrativos que os prefixados em 2012.


2- Poupança em alta

Se a queda de juros se confirmar, o mais tradicional dos investimentos volta a valer a pena. Para os fãs de renda fixa mais conservadores, vale a pena ficar de olho na caderneta como opção, principalmente para aqueles que aplicam em fundos DI com altas taxas de administração.

3 – Inflação cai, mas nem tanto

A expectativa de Mendonça é que o IPCA termine 2011 em 6,5% e 2012 em 5,5%. Com isso, papéis atrelados à inflação continuam atrativos no ano que vem.

4 – Cuidado na escolha das ações

“A seleção de ativos vai ser mais importante do que nunca”, resume Mendonça. Não dá para prever se o mercado financeiro continua volátil ou não enquanto a situação na Europa não ficar mais clara. É possível, porém, imaginar quais setores podem ter um desempenho melhor ou pior. Mendonça aposta que o desemprego continuará em queda e a renda salarial vai continuar em alta. “Com isso, o varejo deve se manter como uma boa opção”, afirma.

Por outro lado, em 2012, deve começar a haver uma recuperação do setor imobiliário como um todo. Ele explica que as construtoras sofreram muito durante 2011 para entregar todas as vendas realizadas nos últimos anos. Durante esse período, as empresas, que tiveram margens pressionadas, aprenderam a se ajustar e devem começar a se recuperar em 2012. “As companhias que souberem fazer isso melhor podem começar a se mostrar uma boa opção”, diz.

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