Invest

10 dicas para negociar dívidas na pandemia

Crise é preocupante, mas endividados podem aproveitar o bom momento para negociação

Na pandemia, os credores estão mais flexíveis em renegociar a alomgar prazos de pagamento sem aumentar a parcela. (Seb Oliver/Getty Images)

Na pandemia, os credores estão mais flexíveis em renegociar a alomgar prazos de pagamento sem aumentar a parcela. (Seb Oliver/Getty Images)

Marília Almeida

Marília Almeida

Publicado em 28 de julho de 2021 às 18h43.

Última atualização em 28 de julho de 2021 às 18h46.

Um dos reflexos da pandemia foi o aumento do desemprego, o que fez muitos consumidores se endividarem ou não ter como liquidar as dívidas já existentes.

Nesse cenário, o percentual de famílias endividadas no Brasil chegou a 67,3% em março deste ano, segundo dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. É a segunda maior porcentagem da série histórica.

"A situação é preocupante, mas também pode ser uma oportunidade para os endividados. É um momento bom para negociação.", explica Afonso Morais, sócio do escritório Morais Advogados Associados.

Veja as dicas de Morais para ajudar a negociar com os credores em tempos de crise:

• Organize as finanças para visualizar o valor das suas despesas, pelo menos, nos próximos três meses, incluindo todas as dívidas já existentes.

• De acordo com o que você tem de reserva financeira e quanto deve receber, você saberá quanto poderá destinar para o pagamento das despesas já existentes

• Na pandemia, os credores estão mais flexíveis para alongar prazos de pagamento sem aumentar a parcela

• Procure todos os credores e proponha uma renegociação. Solicite um aumento de prazo para pagamento, diminuindo o valor mensal das parcelas, citando o valor que você tem disponível para parcelar.

• O importante é saber quanto você pode pagar para fazer com que a negociação atinja esse patamar. Caso contrário, você pode não conseguir honrar o novo acordo.

• Nas negociações, é possível utilizar alguns argumentos, como teoria da imprevisão, caso fortuito e força maior, para modificar cláusulas contratuais. Neste caso, uma consultoria jurídica pode ajudar

• Priorize o pagamento das dívidas relacionadas a serviços essenciais ou aquelas que tenham uma taxa de juros mais alta. Essas devem ser liquidadas primeiro.

• Nos contratos assinados com credores, em muitos casos já existem cláusulas que preveem medidas especiais em momentos extraordinários, como o que estamos vivenciando. Você pode utilizar essa cláusula na negociação.

• Reveja seus gastos e seu custo de vida. Isso pode ajudar a evitar que você contraia dívidas maiores.

• Identifique as despesas que podem ser cortadas nesse período para que você tenha mais recursos para liquidá-las. Em momentos de crise, se concentre apenas em gastos essenciais, de forma a quitar as dívidas o mais breve possível.

Assine a EXAME e fique por dentro das principais notícias que afetam o seu bolso

Acompanhe tudo sobre:Dívidas pessoaisorcamento-pessoalplanejamento-financeiro-pessoalrenda-pessoal

Mais de Invest

Ibovespa abre em queda pressionado por índices de NY e inflação no Brasil acima do esperado

IA transforma tarefas em Wall Street, mas profissionais ainda estão céticos

Stellantis tem queda de 48% no lucro líquido do 1º semestre

Balanço da Vale (VALE3), IPCA-15 e PIB dos EUA: o que move o mercado

Mais na Exame