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WEG não surpreende em balanço do 1º trim. e ação lidera queda do Ibovespa

Efeito desfavorável do câmbio e menor demanda da China e Europa afetam faturamento de principal área da companhia no exterior

Fábrica da WEG em Jaraguá do Sul (SC): 15.000 funcionários em terreno que lembra uma cidade (Leandro Fonseca/Exame)

Fábrica da WEG em Jaraguá do Sul (SC): 15.000 funcionários em terreno que lembra uma cidade (Leandro Fonseca/Exame)

Publicado em 2 de maio de 2024 às 12h52.

Última atualização em 2 de maio de 2024 às 13h25.

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As ações da WEG (WEGE3)  lideram as quedas do Ibovespa nesta quinta-feira, 2, com investidores reagindo negativamente ao balanço do primeiro trimestre, divulgado nesta manhã. A ação da WEG caía 2,66% às 12h30, sendo negociada a R$ 38,51.

A companhia registrou lucro líquido de R$ 1,33 bilhão no primeiro trimestre, 1,6% acima do mesmo período do ano passado e 23,9% abaixo do trimestre anterior. A diferença expressiva em relação ao trimestre anterior é justificada, em parte, pelo reconhecimento dos incentivos fiscais referentes à constituição de uma nova controlada na Suíça.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 1,77 bilhão, 2% abaixo do consenso da Bloomberg. A receita operacional da companhia subiu 4,4% na comparação anual e caiu 6,2% frente ao trimestre anterior.

"A receita mais fraca já era esperada devido à diminuição das entregas de energia renovável no Brasil e às taxas de câmbio desfavoráveis", afirmam analistas do BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da EXAME) em relatório.

A área mais representativa da WEG, de Equipamentos Eletroeletrônicos Industriais (EEI), apresentou queda de receita em relação ao trimestre anterior nos mercados interno (4,6%) e externo (9,6%). Frente ao mesmo período de 2023, o crescimento foi de 7,2% na receita em EEI no Brasil, enquanto no exterior houve queda de 8,5%. Nas operações externas, além do impacto cambial, a queda de demanda na China e na Europa impactaram o resultado.

Analistas divergem sobre a recomendação

O BTG Pactual e o Goldman Sachs reafirmaram suas recomendações neutras, justificadas pelo nível de preço da ação. "Embora permaneçamos otimistas quanto à perspectiva de margem para os próximos anos, permanecemos com classificação neutra devido ao Preço/Lucro acima da média histórica de dez anos e ao crescimento do lucro líquido abaixo da tendência histórica", afirma o Goldman Sachs em relatório.

O Itaú BBA, por outro lado, classificou o balanço como positivo e viu um ponto de inflexão nas operações da WEG no primeiro trimestre. "Discussões com pares da WEG sugerem que os pedidos de ciclo curto podem começar a aumentar nos próximos meses, beneficiando as receitas da WEG no exterior", afirma o relatório. O banco tem recomendação de compra e preço-alvo de R$ 47 para a ação da WEG

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