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Vitória de Trump pode aumentar o preço do dólar, avalia Gavekal Research

Casa de analista acredita que cenário seria negativo para mercados emergentes, a menos que tenha um acordo diplomático

Trump em convenção do partido Republicano: atentado aumentou chance de vitória, apontam casas de apostas (Scott Olson/AFP)

Trump em convenção do partido Republicano: atentado aumentou chance de vitória, apontam casas de apostas (Scott Olson/AFP)

Publicado em 17 de julho de 2024 às 15h13.

Última atualização em 17 de julho de 2024 às 15h50.

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O favoritismo de Donald Trump na disputa presidencial dos Estados Unidos cresceu desde o atentado do fim de semana. O maior reflexo é visto nas casas de apostas, com os potenciais retornos precificando uma chance de 75% de o ex-presidente vencer as eleições, contra uma probabilidade de 50% há um mês. Caso Trump realmente esteja no caminho da vitória em novembro, a Gavekal Research acredita que o mercado irá reprecificar esse cenário já nas próximas 16 semanas até o pleito.

A casa de análise internacional avalia que a vitória de Trump, acompanhada da de seu partido no Congresso, pode gerar consequências significativas no mercado. Uma delas, avaliam os analistas, é que o potencial protecionismo de Trump impulsionaria o preço do dólar. Esse efeito, afirmam, se daria por vários canais.

“As tarifas [sobre importações] fazem subir os preços ao consumidor e aumentam a procura de trabalhadores industriais nacionais, sendo que ambos são inflacionários. Como resultado, espera-se que o Fed mantenha o juro mais alto, o que tende a apoiar o dólar, tornando as fábricas norte-americanas menos competitivas”, diz a Gavekal em relatório.

O Acordo diplomático

Essa valorização do dólar por aumento de tarifas seria negativa para mercados emergentes, segundo os analistas. O que poderia mudar esse cenário seria um acordo diplomático para a desvalorização do dólar, semelhante ao Acordo de Plaza, firmado em 1985.

“Embora o fortalecimento do dólar pelas tarifas seja negativo para as moedas e ativos emergentes, qualquer acordo internacional para enfraquecer o dólar levaria a condições financeiras mais flexíveis no mundo emergente, compensando grande parte, senão todos, os efeitos negativos das tarifas. Neste cenário, os ativos dos mercados emergentes teriam um bom desempenho em todos os aspectos.”

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