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'Venda em maio', China, Focus, Localiza e o que mais move o mercado

Cautela predomina em início de semana decisiva para as políticas monetárias do Brasil e Estados Unidos

Covid na china (Bloomberg / Colaborador/Getty Images)

Covid na china (Bloomberg / Colaborador/Getty Images)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 2 de maio de 2022 às 07h08.

Última atualização em 2 de maio de 2022 às 09h00.

O mês virou, mas as preocupações que acompanham os investidores continuam presentes mesmo após a maior queda da bolsa americana desde março de 2020 -- marcado pelo início da pandemia. Em abril, o índice S&P 500 caiu 8,80%, com temores de altas de juros mais duras nos Estados Unidos, lockdown na China e e a continuidade do conflito no Leste Europeu. No Brasil, que vinha superando os principais mercados no início do ano, as perdas foram ainda maiores, de 10,10%.

É comum haver recuperação depois de quedas acentuadas, como as do último mês. Mas o histórico de maio não ajuda. O Ibovespa caiu em 7 dos últimos 10 meses de maio. Embora a recente performance do S&P 500 para este mês tenha se mostrado positiva, a expressão "sell in may and go away" (venda em maio e vá embora, em português) segue no subconsciente de investidores.

Super Quarta no radar

O mês começa decisivo para os bancos centrais do Brasil e principalmente dos Estados Unidos, que decidirão suas novas taxas de juros na quarta-feira, 4. Enquanto o Comitê de Política Monetária (Copom) deve elevar em mais 100 pontos base a taxa Selic para 12,75%, a expectativa é de que o Fomc, nos EUA, acelere o ritmo de alta para 50 pontos base, levando a taxa de juros local para o intervalo de 0,75% e 1%. James Bullard, membro do Federal Reserve (Fed) conhecido por seu viés contracionista, chegou a sugerir uma alta ainda mais forte, de 75 pontos base.

Mas as atenções de investidores deverão estar em Jerome Powell, presidente do Fed, que discursará após a decisão de juros na quarta.

NY sobe, Europa cai

Índices futuros dos Estados Unidos iniciaram a semana em leve alta, buscando alguma recuperação das perdas do último pregão, quando o Nasdaq caiu 4,17% e o S&P 500, 3,63%. Além dos temores globais, o resultado da Amazon, que desabou 7,80% após o balanço do primeiro trimestre, impulsionou o movimento de queda. Bolsas da Europa, que fecharam antes do mercado americano, chegam a cair mais de 1% nesta segunda-feira, 2.

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  • Veja a seguir o desempenho dos indicadores às 7h (de Brasília):

    • Hang Seng (Hong Kong): +4,01% (sexta-feira)
    • SSE Composite (Xangai): +2,41% (sexta-feira)
    • FTSE 100 (Londres): +0,47% (sexta-feira)
    • DAX (Frankfurt): - 0,65%
    • CAC 40 (Paris): - 1,30%
    • S&P futuro (Nova York): +0,51%
    • Nasdaq futuro (Nova York): +0,54%
    • Petróleo Brent (Londres): -2,59% (para US$ 104,36)

No radar de investidores europeus estão possíveis sanções da União Europeia à energia russa. Segundo o Financial Times, as negociações têm ganhado o apoio da Alemanha, com alta dependência do gás russo. Mas governantes do país, ainda de acordo com o jornal britânico, têm pedido "alguns meses" para se prepararem para a medida.

Apesar dos potenciais efeitos de novas sanções, o petróleo brent é negociado em leve queda nesta manhã, com incertezas sobre a demanda chinesa. Isso porque o país segue sua política de tolerância zero ao covid-19. Nesta segunda, não houve pregão no gigante asiático devido ao feriado do Dia do Trabalho no país.

Agenda do dia

O boletim Focus será o principal indicador do mercado brasileiro nesta segunda-feira. O relatório de perspectivas sobre indicadores econômicos será o último antes da reunião do Copom. Já é consenso de que o BC tenha que subir a subir a Selic para 13,25%, superando a marca sinalizada na última ata do colegiado, de que os juros a 12,75% seriam suficientes para controlar a inflação.

Investidores também seguem à espera dos balanços do primeiro trimestre previstos esta noite. O mais aguardado é o da Localiza. Além da locadora de veículos, Copasa, Neogrid, Quero-Quero, Marcopolo e Pague Menos divulgarão seus resultados após o encerramento do pregão.

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