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Títulos argentinos despencam após vitória de Fernández

Investidores estão preocupados com as consequências econômicas da vitória de Alberto Fernández nas eleições da Argentina

Argentina: "Não tem muita relevância se Macri teve um desempenho melhor do que o esperado", disse Gabriel Sterne (Spencer Platt / Equipe/Getty Images)

Argentina: "Não tem muita relevância se Macri teve um desempenho melhor do que o esperado", disse Gabriel Sterne (Spencer Platt / Equipe/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 28 de outubro de 2019 às 09h06.

Última atualização em 28 de outubro de 2019 às 10h14.

Londres/Buenos Aires - Os bônus argentinos em dólar recuavam nesta segunda-feira, à medida que os investidores se preocupavam com as consequências para a economia nacional e o ônus da dívida depois que Alberto Fernández venceu o presidente Mauricio Macri nas eleições.

O resultado eleitoral desloca a Argentina firmemente de volta para a esquerda, depois de ter sido atingida por uma crise econômica.

O título internacional em dólar de referência, com prazo em 2028, caía até 1,3 centavo para 39,33 centavos de dólar, seu nível mais baixo desde o início do mês, segundo dados da Refinitiv.

Com quase todos os votos contados, Fernández teve cerca de 48% dos votos, contra 40% para Macri - uma margem ampla o suficiente para vencer. O resultado foi melhor para Macri em relação à derrota esmagadora sofrida nas primárias de agosto, que provocou um colapso do mercado.

"O resultado foi amplamente antecipado e não tem muita relevância se Macri teve um desempenho melhor do que o esperado", disse Gabriel Sterne, chefe de macro-pesquisa global da Oxford Economics.

"A Argentina está caminhando para um 'default' e agora haverá negociações complicadas com o FMI, que corre um risco enorme no jogo e está desesperado para proteger seus recursos, e com os detentores de títulos."

Outros economistas disseram que o impacto no mercado pode ser amortecido por um resultado melhor do que o esperado de Macri.

Alberto Fernández e Macri devem se reunir nesta segunda-feira para discutir a transição política, uma medida que pode ajudar a acalmar os mercados.

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