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Tensões no Oriente Médio, juros na China e prévia da Eztec: os assuntos que movem o mercado

Agentes do mercado estão de olho no preço do petróleo, que pode ficar pressionado após ataque do Irá a Israel

Radar: mercado acompanha desdobramentos de ataque do Irã a Israel (AFP)

Radar: mercado acompanha desdobramentos de ataque do Irã a Israel (AFP)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 15 de abril de 2024 às 08h33.

Os mercados internacionais acompanham, na manhã desta segunda-feira, 15, com cautela as tensões do oriente médio que escalaram durante o final de semana. Na Ásia, investidores já reagem com receio, o que refletiu nas bolsas encerrando a sessão majoritariamente em queda. Apesar disso, na Europa e nos Estados Unidos, os índices operam em alta no pré-mercado. Já no Brasil, o Ibovespa futuro cai.

Tensões no Oriente Médio e petróleo

No sábado, 13, o Irã lançou mais de 300 drones e mísseis contra alvos militares em Israel. A investida foi confirmada pelo governo iraniano e a ofensiva representa uma resposta ao ataque que destruiu o consulado do iraniano em Damasco, na Síria. O conflito aumenta as tensões entre os dois países e têm o potencial de desencadear uma guerra regional.

O presidente dos EUA, Joe Biden, descreveu o ataque como "sem precedentes", mas a Casa Branca adiantou que não iria participar de retaliações contra o Irã. O papel de China e Rússia nesse novo conflito também é alvo de especulações entre os analistas.

Para os investimentos, a maior preocupação do conflito é com o preço do petróleo. Isso porque o Irã é um dos principais produtores de petróleo da região. Com a entrada do país na guerra, o preço da commodity poderia ficar pressionado. Entretanto, por volta das 8h desta segunda, tanto o preço do WTI como do Brent caíam, respectivamente, 0,77% a US$ 85/barril e 0,67 a US$ 89,64/barril.

“O mercado entende nesse momento que uma contra ofensiva israelense em meio aos ataques promovidos pelo Irã no sábado, elas não devem ocorrer no curto prazo. Há um entendimento na realidade de que essa contra ofensiva, caso ela exista, ela tende a ocorrer apenas no médio longo prazo”, explica Bruno Cordeiro dos Santos da Stonex.

Juros na China

O Banco do Povo da China (PBoC), banco central chinês, manteve a taxa da linha de empréstimo de médio prazo, conhecida como MLF, de um ano inalterada em 2,5% ao ano, ao fazer uma injeção de liquidez de 100 bilhões de yuans (US$ 13,82 bilhões) nesta segunda-feira, 15.

O PBoC também injetou 2 bilhões de yuans (US$ 280 milhões) em liquidez por meio de acordos de recompra inversa de sete dias com a taxa de juros inalterada em 1,8% ao ano. A manutenção das taxas sinaliza que os juros de referência da China não devem sofrer alterações neste mês.

Prévia Eztec (EZTC3)

A Eztec (EZTC3) divulgou na sexta-feira, 12, após o fechamento da sessão, a prévia operacional do primeiro trimestre de 2024. Segundo a companhia, as vendas líquidas registraram R$ 299,6 milhões no período, queda de 19,6% em relação ao 1T23 e alta de 45,5% em relação ao 4T23. Já as vendas brutas somaram R$ 330,3 milhões no 1T24, um recuo anual de 20,2%.

A companhia lançou três empreendimentos no primeiro trimestre deste ano, somando um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 457,5 milhões. A média de preço das unidades vendidas pela construtuora, por sua vez, alcançou a marca dos R$ 615,1 mil, aumento de 9,2% em relação ao 1T23.

O estoque da companhia nesses três primeiros meses ficou em R$ 3 bilhões, sendo que, desse montante, 58% são de projetos em obras. A companhia também anunciou que lançou a primeira torre do empreendimento Lindenberg Vista Brooklin, em São Paulo, com um Volume Geral de Vendas de R$ 243 milhões.

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