Mercados

Resumo do dia: as notícias mais importantes desta segunda-feira

Termine o dia bem informado e confira as principais notícias que mexeram com os mercados, Brasil e mundo nesta segunda-feira, 17

Paulo Guedes: o mercado reagiu com pessimismo sobre o temor da saída do ministro do governo.  (Andre Borges/Bloomberg/Getty Images)

Paulo Guedes: o mercado reagiu com pessimismo sobre o temor da saída do ministro do governo. (Andre Borges/Bloomberg/Getty Images)

MD

Matheus Doliveira

Publicado em 17 de agosto de 2020 às 19h01.

Última atualização em 17 de agosto de 2020 às 19h45.

MERCADOS

Ibovespa fecha abaixo dos 100 mil pontos

A bolsa brasileira fechou em queda nesta segunda-feira com a repercussão de uma possível saída do ministro da Economia, Paulo Guedes. Para aumentar os temores sobre a saída de Guedes, o subsecretário de Política Macroeconômica, Vladimir Kuhl Teles, entrou, hoje, na fila dos que deixaram sua equipe. O Ibovespa, principal índice da B3, caiu 1,73% e encerrou em 99.595,41 pontos. Esta foi a primeira vez que o Ibovespa fechou abaixo dos 100.000 pontos desde 13 de julho. O dólar comercial subiu 1,3% e encerrou sendo vendido por 5,496 reais. Esse foi o valor mais alto de fechamento desde 22 de maio, quando a moeda terminou o pregão cotada a 5,574 reais. Com variação semelhante, o dólar turismo fechou cotado a 5,81 reais.

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Retração de 5,52% em 2020

O mercado cortou a expectativa para a taxa básica de juro em 2021, ao mesmo tempo em que manteve a tendência de redução da contração econômica neste ano, de acordo com a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira. A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou que a expectativa para a Selic neste ano continua em 2%, mas para 2021 caiu a 2,75%, de 3,0% antes. O Top 5, grupo dos que mais acertam as previsões, continua vendo a Selic a 1,88% em 2020 e a 2,0% em 2021, na mediana das projeções. A pesquisa mostrou ainda que, para o produto interno bruto (PIB), a estimativa de contração neste ano passou a 5,52%, de 5,62% no levantamento anterior, na sétima semana seguida de melhora do cenário. A economia, segundo o Focus, deve se recuperar a um crescimento de 3,50% em 2021.

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Maior pedido da Volkswagen Caminhões

O Grupo Vamos, empresa de locação e concessionária de caminhões e ônibus seminovos da JSL, anunciou a compra de 1.350 caminhões da Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO), o maior pedido da história da VWCO realizado por um único cliente. O contrato abrange 20 diferentes modelos de veículos que serão entregues mensalmente até dezembro. A entrega programada permite que a Volkswagen Caminhões e Ônibus reative o segundo turno da fábrica em Resende, no Rio de Janeiro, antes paralisado pela pandemia do novo coronavírus e, consequentemente, pela queda no setor. Atualmente, cerca de 60% da frota do Vamos, com 14.000 veículos, é composta de caminhões da VWCO. “Estamos em 30 países e é uma raridade ver uma compra grande como essa”, disse Roberto Cortes, presidente da Volkswagen Caminhões e Ônibus, em entrevista à EXAME.

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SoftBank aposta US$ 1,2 bi na Amazon 

O SoftBank montou participação de cerca de 1,2 bilhão de dólares na Amazon, mostraram documentos nesta segunda-feira, enquanto o conglomerado de tecnologia expande seus investimentos para além do foco em startups não listadas. O presidente executivo Masayoshi Son anunciou na semana passada uma nova subsidiária de gestão de investimentos que alocaria o excesso de caixa de um programa massivo de venda de ativos em ações líquidas. O SoftBank gastou cerca de 10 bilhões de dólares comprando ações. Além da Amazon, o grupo montou participações na Netflix, Tesla, Microsoft e Alphabet, mostraram os documentos. O fundo também divulgou uma participação na Nvidia, empresa na qual tinha vendido sua fatia no passado.

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Taurus bate recorde de vendas

A fabricante brasileira de armas Taurus vendeu mais armas do que nunca no segundo trimestre de 2020. Foram 437.000 armas vendidas entre abril e junho, alta de 37% em relação ao mesmo período de 2019. A maior parte das vendas foi nos Estados Unidos, o maior mercado de armas do mundo. Para Salesio Nuhs, presidente da Taurus, o recorde representa uma nova fase na companhia. “Tivemos um trimestre excepcional, e não foi impulsionado por uma bolha de consumo. Esse agora é nosso novo patamar”, afirma. Nos primeiros seis meses do ano, a Taurus lançou 56 novos produtos, com um total de 268 itens de prateleira. “Quase 50% de nossas vendas vêm de produtos lançados nos últimos dois anos. São produtos com valor agregado maior, o que melhora nossa receita”, afirma Nuhs.

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BRASIL 

jair bolsonaro nordeste

Bolsonaro: no Norte e Nordeste, oito entre cada dez brasileiros acreditam que o auxílio emergencial de 600 reais é para sempre (Alan Santos /PR/Flickr)

Aprovação de Bolsonaro chega a 37%

O presidente Jair Bolsonaro segue com tendência positiva de avaliação da sua gestão. Depois da aprovação recorde no Datafolha, uma pesquisa exclusiva do Ideia Big Data revela que 37% dos entrevistados aprovam a maneira como Bolsonaro está lidando com seu trabalho como presidente. Essa é a primeira vez desde fevereiro de 2019, quando o presidente teve 45% de aprovação, que sua avaliação chega a um patamar tão elevado. Desde agosto do ano passado, a perspectiva positiva não saía da casa dos 30%. Os números mostram que o presidente vem ganhando simpatia nas classes D e E, em que 37,4% aprovam Bolsonaro, ante 39,3% que desaprovam e 21% que nem aprovam nem desaprovam. Apesar dos bons ventos para o governo, há um fator essencial nesse cenário: uma pesquisa do Ideia Big Data de maio descobriu que, nas regiões Norte e Nordeste, oito entre cada dez brasileiros acreditam que o auxílio emergencial de 600 reais é para sempre.

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Mais um desfalque para a Economia

O subsecretário de Política Macroeconômica, Vladimir Kuhl Teles, deixou o cargo nesta segunda-feira, em mais um abandono nos quadros do Ministério da Economia. A exoneração se deu a pedido de Teles, conforme portaria publicada no Diário Oficial da União. Após os pedidos de demissão dos secretários especiais Salim Mattar (Desestatização) e Paulo Uebel (Desburocratização), o ministro Paulo Guedes chegou a reconhecer uma debandada de sua equipe. Em julho, deixaram o governo o então secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, e o diretor de programas da Secretaria Especial de Fazenda, Caio Megale. O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, também pediu demissão. Segundo a assessoria de imprensa do ministério, a demissão de Teles se deu por motivos pessoais. 

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Maia cobra reforma administrativa 

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu que a Casa avance na votação da reforma tributária ainda neste ano para evitar que a discussão seja influenciada pelo clima eleitoral a partir do segundo semestre de 2021. Maia aproveitou para dizer que trabalha pelo convencimento do Executivo para que mande sua proposta de reforma administrativa, que, segundo ele, não tem a intenção de desgastar o governo ou prejudicar servidores que já atuam no funcionalismo público. “Temos um ciclo de 12 meses, porque a partir do ano que vem, do segundo semestre, as decisões já começam a ser mais influenciadas pelo processo eleitoral de 2022”, afirmou.

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Presidente do BNDES está com covid-19

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, teve resultado positivo no teste para covid-19, informou o banco de fomento nesta segunda-feira, acrescentando que está em isolamento social desde o início dos sintomas. O exame do tipo PCR foi realizado na semana passada, segundo o BNDES. “O estado de saúde de Montezano é bom e ele seguirá exercendo suas atividades, em regime de home office”, disse o banco em comunicado à imprensa.

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Massa polar pode fazer nevar no Sul

frio chega com força nesta semana nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), para o fim de semana há previsão de neve nas serras do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, além de geada no Paraná. O frio vai ser tão intenso que as temperaturas despencam em São Paulo, fazendo frio até no Rio de Janeiro. Segundo o meteorologista do Inmet, Mamedes Luiz Melo, uma massa de ar polar será a responsável pela virada no tempo, tento mais influência na sexta-feira e no sábado. O frio chega ainda na Região Centro-Oeste, principalmente no Mato Grosso do Sul. Há previsão de muita chuva e vento, o que favorece a formação de neve e deixa a sensação térmica ainda mais baixa.

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MUNDO

Biden: o democrata anunciou Kamala Harris como sua candidata a vice-presidente na última semana (/Carlos Barria/File Photo/Reuters)

Biden está 12 pontos à frente de Trump

A escolha da democrata Kamala Harris como sua companheira de chapa manteve o candidato à Casa Branca, Joe Biden, como o favorito nas eleições americanas deste ano. A primeira pesquisa divulgada após o anúncio da vice mantém Biden em um patamar de pelo menos 10 pontos de vantagem contra Donald Trump. De acordo com a pesquisa encomendada pelo Washington Post e pela rede ABC, 53% dos eleitores preferem Biden e Kamala, ante 41% que preferem Donald Trump e seu vice, Mike Pence. A margem de erro é de 2 pontos. A pesquisa também verificou o apoio dos americanos à escolha de Biden por Kamala Harris. 54% disseram ser a favor da candidata a vice-presidente. 

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Incêndios florestais na Califórnia

Altas colunas de fogo e fumaça se estenderam por mais de 40.000 hectares nos estados da Califórnia, Oregon e Colorado, nos Estados Unidos, em um raro fenômeno chamado “tornado de fogo“. O calor que vem batendo recordes de temperatura (os termômetros passam dos 50 graus Celsius), criou intensos incêndios florestais que jogam espirais de fogo, fumaça e cinzas no céu. Cerca de 85 milhões de pessoas vivem nessas regiões que foram colocadas em alerta pelas autoridades.

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Coreia do Sul isola membros de igreja 

O governo sul-coreano determinou nesta segunda-feira uma quarentena para milhares de membros de uma igreja protestante de Seul, após a detecção de vários focos de contágio do novo coronavírus em comunidades religiosas no país. Durante o fim de semana, autoridades anunciaram restrições e proibiram reuniões religiosas em Seul e na província vizinha de Gyeonggi, onde mora quase metade da população do país, ante o temor de uma segunda onda de infecções em um dos países que conseguiram frear a propagação do vírus de maneira mais eficiente. O principal foco de contágio, segundo as autoridades, está na igreja Sarang Jeil de Seul, onde foram detectados 315 casos. As autoridades determinaram uma quarentena para 3.400 membros da comunidade.

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Cachorros banidos na Coreia do Norte? 

Cachorros de estimação passaram a ser proibidos na Coreia do Norte. Majoritariamente pertencentes a famílias da elite norte-coreana, os cachorros precisarão ser entregues ao governo, segundo informou um jornal da Coreia do Sul. A informação é do jornal The Chosun Ilbo e veiculada também pelo jornal britânico Daily Mail. “As autoridades estão identificando casas com cachorros de estimação e forçando as famílias a abrir mão deles ou confiscando forçadamente os cães e sacrificando-os”, diz o jornal. Os animais têm sido enviados a zoológicos (que têm os cachorros entre os animais exibidos na Coreia do Norte) ou como fonte de carne em restaurantes. Os cachorros seriam vistos pelo governo em Pyongyang como símbolos da “burguesia” e de um capitalismo “decadente”, segundo o jornal sul-coreano.

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Japão entra em recessão

O PIB do Japão caiu 7,8% entre abril e junho em comparação com o primeiro trimestre, devido ao impacto da pandemia do novo coronavírus, um resultado negativo histórico, que se soma ao dos trimestres anteriores. A contração de 7,8% no segundo trimestre, de acordo com dados preliminares divulgados nesta segunda-feira pelo governo japonês, foi a terceira seguida, após as registradas no primeiro trimestre (-0,6%) e nos últimos três meses de 2019 (-1,9%), que levaram a terceira maior economia do mundo à recessão. Esta é a primeira recessão do Japão desde 2015, definida por uma contração da economia durante dois trimestres consecutivos. Também é a queda mais expressiva do PIB japonês desde o início do registro dos dados comparativos em 1980.

 

 

 

 

 

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