Invest

Recuperação em xeque: ações da Boeing caem 7% após queda de avião na Índia

Acidente com um 787 da Air India, que causou queda nas ações da Boeing, coloca em dúvida a recuperação da empresa.

Publicado em 12 de junho de 2025 às 08h32.

As ações da Boeing operavam em queda nesta quinta-feira, 12, após um trágico acidente envolvendo um de seus aviões 787 Dreamliner, operado pela Air India.

O voo, que partiu de Ahmedabad, na Índia, com destino ao aeroporto de Gatwick em Londres, desapareceu dos radares logo após a decolagem. A aeronave transportava 242 passageiros, e as operações de resgate continuam no local do acidente.

Esse é o primeiro caso fatal envolvendo o modelo 787, gerando grande apreensão nos mercados financeiros. Como resultado, as ações da Boeing registraram uma queda de 7% no pré-mercado, às 7h15 (horário de Brasília).

O incidente levantou sérias dúvidas sobre a confiança dos investidores, com o estrategista da Saxo UK, Neil Wilson, apontando que o acidente poderia prejudicar os avanços recentes na recuperação da confiança pública e financeira.

Além da queda nos papéis da Boeing, outras companhias do setor também sofreram perdas. A GE Aerospace, fornecedora de motores para os aviões da Boeing, viu suas ações despencarem em mais de 6%, enquanto a Spirit Aerosystems, que fabrica fuselagens e cockpits para os aviões da Boeing, apresentou queda de 4%.

Antes do acidente, as ações da Boeing haviam experimentado um forte desempenho, com alta de 25% neste ano, após um 2024 difícil, onde a companhia foi a maior perdedora no índice Dow Jones, com uma queda de 31%.

A crise se agravou após um incidente envolvendo a Alaska Airlines, que resultou na saída do CEO Dave Calhoun e na nomeação de Kelly Ortberg para o cargo. Ortberg assumiu com o compromisso de priorizar a engenharia em vez do lucro.

Em comunicado, segundo a Business Insider, a Boeing afirmou: "Estamos cientes dos primeiros relatos e estamos trabalhando para reunir mais informações".

Acompanhe tudo sobre:Boeingacidentes-de-aviao

Mais de Invest

Salesforce vai mudar de nome? CEO diz que foco é IA, não mais nuvem

Compra de material escolar vira um 'inferno' na Amazon dos EUA

Sem café? Greve de funcionários da Starbucks em Nova York completa três semanas

Jovens na Coreia do Sul abandonam sonho da casa própria para investir em ações