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Real é a moeda que mais se valoriza em dia de eleição de Trump

Dólar chegou a abrir em alta no Brasil, indo a R$ 5,86, mas virou para queda no meio do dia

Dólar: moeda cai 1,26% e fecha a R$ 5,674 (Rmcarvalho/Getty Images)

Dólar: moeda cai 1,26% e fecha a R$ 5,674 (Rmcarvalho/Getty Images)

Publicado em 6 de novembro de 2024 às 17h24.

Última atualização em 6 de novembro de 2024 às 17h57.

O real é a moeda que mais se valorizou nesta quarta-feira, 6, dia de confirmação da vitória republicana nos Estados Unidos. Além de Donald Trump vencer a disputa presidencial, seu partido levou o Senado e pode conquistar o controle da Câmara.

O consenso entre especialistas era de que a "Onda Trump" fortaleceria o dólar globalmente, prejudicando especialmente os mercados emergentes. Contudo, ao menos nesse primeiro dia, a projeção não se concretizou integralmente. O Índice Dólar (DXY), que mede a variação da moeda americana frente às principais divisas mundiais, subiu 1,5%, atingindo o maior patamar desde julho. O real, entretanto, se valorizou, apesar da altíssima volatilidade.

Nas primeiras negociações do dia, o dólar chegou a subir 2%, alcançando R$ 5,862. No entanto, a moeda perdeu força gradualmente e encerrou o dia em queda de 1,26%, a R$ 5,674 — o menor valor desde meados de outubro.

Entre os emergentes, o dólar também perdeu força frente ao rublo russo e à lira turca. Contudo, em nenhum outro país a queda do dólar foi maior do que no Brasil.

A desvalorização do dólar reflete fatores locais e a percepção de oportunidades entre investidores de longo prazo. A elevação dos juros brasileiros e a depreciação do real tornaram os ativos brasileiros atraentes, levando alguns investidores a reforçarem suas posições no país.

A possibilidade de uma guinada fiscal também gera otimismo, com a expectativa de que o Ministério da Fazenda apresente em breve um pacote de corte de custos.

Investidores especulam ainda que o resultado da eleição americana possa influenciar o cenário político e econômico brasileiro até 2026, com o mercado atento a um possível fortalecimento da centro-direita.

No Brasil, a queda do dólar foi acompanhada por um leve recuo dos juros futuros. Já o Ibovespa, que chegou a cair mais de 1% na mínima do dia, reduziu as perdas para cerca de 0,3%.

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