Ray Dalio: prever o mercado ‘é mais difícil que competir nas Olimpíadas’
Investidor bilionário e fundador do Bridgewater Associates diz que maioria dos investidores não sabe indicar quando uma ação pode subir ou cair
Da Redação
Publicado em 9 de janeiro de 2022 às 17h07.
Tentar prever qual o momento exato em que uma ação vai subir ou cair pode ser mais difícil que competir nas Olimpíadas. Essa é a opinião do investidor bilionário Ray Dalio, que participou na última semana do podcast “ We Study Billionaires ”.
Fundador do Bridgewater Associates, maior fundo hedge do mundo, Dalio afirmou que a maioria dos ivnestidores não está preparado para antecipar quais ações irão subir ou cair. “Não tente prever [o mercado] sozinho, porque provavelmente você irá perder”, disse ele.
Para demonstrar que as probabilidades estão contra o investidor, Dalio comentou que seu próprio fundo gasta centenas de milhões de dólares por ano tentando obter uma vantagem contra seus concorrentes – e, mesmo com esses recursos, a corrida segue sendo bastante competitiva.
Outro problema dos investidores individuais é que eles acabam insistindo no erro. “A falha mais comum dos investidores é pensar que as ações que subiram são bons investimentos – e não que estão mais caras”, disse ele.
Em entrevista ao podcast, Dalio exemplificou a questão por meio de um fundo de alto desempenho que obteve bons retornos, mas no qual “o investidor médio perdeu dinheiro”. “Todas as vezes que o fundo subia, os investidores compravam cotas, e todas as vezes que o produto caía, eles vendiam”, disse ele. A conclusão é de que as perdas aconteceram porque os investidores foram reativos e abandonaram os investimentos no momento errado – e não porque os ativos realmente performaram mal.
Segundo reportagem da CNBC, o Bank of America quantificou os ganhos potenciais que uma pessoa que tentasse bater o mercado poderia perder. Reunindo dados desde 1930, o levantamento concluiu que perder os 10 melhores dias a cada década traria um retorno de 28% contra um retorno de 17.715% caso o investidor tivesse permanecido investido.
*Com informações da CNBC