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Rali do dólar, fuga das bolsas, pesquisa eleitoral e o que mais move o mercado

Índices de Wall Street recuam no mercado de futuros; Dow Jones e S&P podem chegar ao 7º pregão de queda

Dólar sobe por mais de uma semana no exterior e estende máxima em 20 anos contra principais moedas do mundo (baona/Getty Images)

Dólar sobe por mais de uma semana no exterior e estende máxima em 20 anos contra principais moedas do mundo (baona/Getty Images)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 28 de setembro de 2022 às 07h52.

Última atualização em 28 de setembro de 2022 às 08h40.

A aversão ao risco volta a predominar no mercado internacional nesta quarta-feira, 28, com temores generalizados sobre o futuro da atividade econômica global. Os efeitos recessivos de juros mais altos no mundo, especialmente nos Estados Unidos, e a crise de energia na Europa seguem como as maiores preocupações do mercado.

Em Wall Street, os principais índices de ações voltam registrar duras perdas já no mercado de futuros desta manhã, com o S&P 500 e o Dow Jones podendo chegar ao sétimo pregão consecutivo de queda nesta quarta. A fuga do mercado de ações em meio a temores de recessão e títulos cada vez mais rentáveis do Tesouro americano levaram o Dow Jones a fechar o último pregão no nível mais baixo desde 2020.

O cenário negativo tem pressionado todos os ativos, do petróleo, que acumula 10% de queda em setembro, ao ouro, com queda de 7% no mês. Nem mesmo o Bitcoin, tido como ativo deflacionário, escapa, com queda acumulada superior a 5% no período.

Com a busca pelos títulos americanos e maior aversão ao risco, é para o dólar que os investidores pedem abrigo. O DXY, índice que mostra o desempenho  do dólar contra as principais moedas do mundo, não para de subir desde terça-feira passada, 20, renovando suas máximas desde 2002. No ano, o dólar já subiu mais de 25% contra o iene japonês e a libra esterlina. Contra o euro, a alta de próxima de 19%.

Na China, o dólar bateu máxima histórica frente ao yuan, superando pela primeira vez a marca de 7,2 yuans. " A queda do yuan pode adicionar nova rodada de fraqueza para mercados emergentes e moedas de commodities estreitamente correlacionadas, como o rand sul-africano e o real brasileiro", disseram em nota economistas do banco ING. 

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Desempenho dos indicadores às 8h (de Brasília):

  • Dow Jones futuro (Nova York): - 0,17%
  • S&P 500 futuro (Nova York): - 0,40%
  • Nasdaq futuro (Nova York): - 0,86%
  • DAX (Frankfurt): - 0,99%
  • CAC 40 (Paris): - 0,89%
  • FTSE 100 (Londres): - 0,45%
  • Stoxx 600 (Europa): - 0,58%
  • Hang Seng (Hong Kong)*: - 3,41%
  • Shangai Composite (Xangai)*: - 1,58%

Reta final de eleições

Além do cenário externo, o mercado brasileiro segue atento à reta final das eleições presidenciais. Pesquisa do PoderData divulgada nesta manhã com dados colhidos no início da semana mostrou crescimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de 46% para 48% das intenções de voto. Seu principal concorrente, o atual presidente Jair Bolsonaro caiu de 39% para 38%.

Agenda do dia

Ainda que sem grandes divulgações macroeconômicas previstas para esta quarta, a agenda seria cheia de discurssos de membros do Federal Reserve (Fed). Entre os mais aguardados estão os dos membros votantes do Fomc Michelle Bowman e James Bullard.

Acompanhe tudo sobre:Açõesbolsas-de-valores

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