Bolsas americanas: o nível dos índices acionários dos EUA não reflete uma bolha, e comparações com o início dos anos 2000 não fazem sentido, já que a economia americana está saindo de uma recessão, e não entrando (Brendan McDermid/Reuters)
Karla Mamona
Publicado em 17 de fevereiro de 2021 às 10h21.
Para Tobias Levkovich, do Citigroup, uma queda de 10% dos índices acionários dos Estados Unidos parece “muito plausível” para mercados equilibrados de acordo com o risco-recompensa.
“Nossa cautela atual reflete vários fatores, que incluem visões muito otimistas, níveis altos de ‘valuation' e momentum de revisão para baixo dos lucros”, escreveu o estrategista-chefe de renda variável para EUA do Citi na terça-feira. Segundo ele, o potencial de ganhos é limitado até mesmo para metas altistas de outros, portanto, uma “postura neutra é realista”.
Conheça o maior banco de investimentos da América Latina e invista com os melhores assessores
A meta do Citigroup para o S&P 500 no fim do ano é 3.800 pontos, e a equipe de estratégia espera que o índice seja negociado na faixa de 3.600 a 4.000. O índice de referência fechou em torno de 3.933 pontos na terça-feira, perto de um recorde.
No entanto, Levkovich diz que o nível dos índices acionários dos EUA não reflete uma bolha, e comparações com o início dos anos 2000 não fazem sentido, já que a economia americana está saindo de uma recessão, e não entrando. Além disso, o Federal Reserve não tem perspectiva de subir os juros.
Isso sugere que uma forte onda vendedora no mercado acionário é improvável, disse.
“Embora possa haver um recuo de 10% a 20%, não prevemos um colapso superior a 50%”, escreveu.