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Payroll nos EUA, reações aos balanços de Petrobras e Bradesco e o que mais move o mercado

Economistas esperam por menor ritmo de criação de empregos, mas mercado de trabalho ainda apertado nos EUA

Placa de "estamos contratando" do McDonald's (Joe Raedle/Getty Images)

Placa de "estamos contratando" do McDonald's (Joe Raedle/Getty Images)

Publicado em 4 de agosto de 2023 às 08h06.

Última atualização em 4 de agosto de 2023 às 10h22.

Índices internacionais iniciaram esta sexta-feira, 4, em leve alta, com investidores à espera dos números do mercado de trabalho dos Estados Unidos. O payroll, considerado uma das principais métricas da atividade econômica americana, será divulgado às 9h30 (de Brasília). A expectativa é de que o indicador revele a criação de 200.000 empregos. Se confirmado, o ritmo será o mais fraco desde os números revisados de março.

O que esperar do payroll

Apesar dos sinais de desaceleração, o consenso  é de manutenção do nível da taxa de desemprego em 3,6%. Investidores também estarão atentos às pressões salariais representadas pelo rendimento médio por hora trabalhada, para o qual se espera um crescimento mensal de 0,3% em julho e anual de 4,2%. O crescimento anual no mês anterior foi de 4,4%.

Dependendo dos dados de hoje, investidores deverão calibrar as apostas sobre os próximos passos da política monetária americana. Com novas altas de juros ainda em debate, números fortes do mercado de trabalho poderão forçar o Federal Reserve a seguir apertando as condições financeiras para controlar os riscos inflacionários.

O cenário precificado com maior probabilidade é de que as altas de juros já tenham sido encerradas nos Estados Unidos. Segundo o monitor de Fed do CME Group, nesta manhã, investidores precificavam 33% de chance de haver novas altas de juros até o fim do ano.

Qualquer alteração nas expectativas sobre a política monetária americana tem potencial de chacoalhar os  mercados do mundo todo. Mas além da parte macroeconômica, no Brasil, deve fazer preço no pregão de hoje a agenda de balanços.

Petrobras: queda do petróleo cobra o preço

Destaque da última noite, a Petrobras apresentou R$ 28,7 bilhões de lucro líquido no segundo trimestre. O resultado ficou 47% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado. A queda do preço do petróleo, que havia disparado no ano passado pela guerra entre Rússia e Ucrânia, foi determinante para o lucro mais baixo. As ADRs da Petrobras são negociadas em queda próxima de 0,5% no pré-mercado americano.

Bradesco: lucro em queda, inadimplência em alta

Outro gigante da bolsa brasileira que divulgou resultado na noite passada foi o Bradesco. O lucro do banco caiu 36% no segundo trimestre para R$ 4,5 bilhões. A inadimplência acima de 90 dias do banco subiu 2,4 ponto percentual para 5,9%.

Outros balanços

Investidores também reagirão nesta sexta aos resultados da Fleury, Renner, AES Brasil, CCR e Alpargatas — todos eles divulgados após o encerramento do pregão de ontem, 3. 

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