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Payroll forte chancela aposta em corte de 25 bps e aumenta expectativa por pouso suave

Investidores passam a precificar mais de 90% de chance de corte mais brando na próxima decisão de juros

Jerome Powell, presidente do Fed: mercado aumenta aposta de corte de juros mais brando  (Julia Nikhinson/Getty Images)

Jerome Powell, presidente do Fed: mercado aumenta aposta de corte de juros mais brando (Julia Nikhinson/Getty Images)

Publicado em 4 de outubro de 2024 às 10h51.

Última atualização em 4 de outubro de 2024 às 10h52.

Os dados aquecidos do mercado de trabalho americano, divulgados nesta sexta-feira, 4, consolidaram o consenso no mercado sobre a desaceleração do ritmo de corte de juros.

O relatório de empregos não-agrícolas, o payroll, revelou a criação de 254 mil vagas em setembro, 107 mil a mais que o esperado por economistas. Também gerou preocupação o aumento do salário médio por hora trabalhada, que subiu 4% na comparação anual, ante projeção de 3,8%. A taxa de desemprego recuou de 4,2% para 4,1%.

Após a divulgação dos números, os investidores reforçaram as apostas de que o Fed fará um corte de 25 pontos-base (bps) na próxima decisão de política monetária. Na anterior, o banco central americano iniciou o ciclo de queda de juros com um corte de 50 bps, acima do esperado por parte dos investidores.

Nesta sexta, os investidores precificam uma chance de 91% de o Fed cortar sua taxa de referência em 25 bps, para um intervalo entre 4,75% e 5%. No dia anterior, essa probabilidade era de 68%.

Os números do relatório de empregos de setembro, com queda marginal no desemprego e criação de vagas muito acima do esperado, afastam de vez a hipótese de um enfraquecimento mais significativo no mercado de trabalho dos EUA. "O cenário de um pouso suave está cada vez mais consolidado", afirma Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad, em nota.

Efeito nos mercados

Com uma expectativa mais otimista para a atividade americana, as bolsas de Nova York abriram em alta nesta sexta-feira. O Índice Russell 2000, composto por empresas mais dependentes da economia local, é o destaque, com uma alta de 1,4%. Já o dólar ganha força globalmente, impulsionado pela economia mais forte e pela projeção de juros mais elevados nos Estados Unidos.

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