Invest

Para BTG, a hora é de comprar commodities; 5 razões para estar otimista

Para analistas do banco, ainda é muito cedo para realizar os lucros no setor; a indicação, dizem, é que investidores aumentem suas alocações para 2021

Vale: aumento no preço do minério de ferro, somado a melhorias operacionais, pode impulsionar companhia em 2024 (Germano Lüders/Exame)

Vale: aumento no preço do minério de ferro, somado a melhorias operacionais, pode impulsionar companhia em 2024 (Germano Lüders/Exame)

PB

Paula Barra

Publicado em 3 de dezembro de 2020 às 19h26.

Última atualização em 3 de dezembro de 2020 às 20h36.

Se esse será outro superciclo de alta para os mercados de commodities (como visto entre 2005 e 2008) ou apenas um outro miniciclo, só o tempo irá dizer, mas, para o BTG Pactual, há razões para seguir otimista. Tanto que o banco tem recomendado aos investidores que aumentem suas alocações no setor para 2021. 

Para sustentar a visão, em relatório desta semana, os analistas Leonardo Correa e Caio Greiner, do banco, chamam a atenção para cinco pontos, que os fazem ficar ainda mais animados com commodities.

Quer saber a melhor forma de se posicionar na bolsa? Conte com a assessoria do BTG Pactual Digital

São eles: 1) uma recuperação em "V" da economia chinesa, com expectativa de crescimento de 8% ou mais em 2021; 2) os preços do cobre e do petróleo em alta, que, segundo os analistas, são bons indicativos de retomada da econômica; 3) os preços do aço em forte recuperação nos últimos meses; 4) uma expectativa de que o minério possa chegar a 150 dólares a tonelada (ante a cotação atual perto de 130 dólares a tonelada), em meio à forte demanda da China e um efeito sazonal, que pode deixar a oferta mais enfraquecida nos próximos meses; e 5) projeção de crescimento econômico global de cerca de 5% no ano que vem, diante de uma ampla campanha de distribuição de vacinas no mundo, segundo estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Segundo os analistas, commodities tendem a ter um bom desempenho em cenários de crescimento econômico e, olhando só para a China, o gigante asiático deve superar novamente o restante do mundo. "Isso deve continuar impulsionando a forte demanda por commodities e preços", comentam. 

A visão positiva reflete também na carteira de ações recomendada do banco. No BTG, a equipe de estrategistas posicionou o portfólio para mais um rali das commodities, tendo 40% do peso da carteira exposto ao setor.

Embora acreditem que todo o grupo vá continuar a ter um bom desempenho, a seleção de ações continua com: Vale (VALE3), Gerdau (GGBR4)/Metalúrgica Gerdau (GOAU4), Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11) — classificadas em ordem de preferência, todas com recomendação de compra.   

Das cinco ações citadas, a Vale foi a que mais subiu no último mês, acumulando alta de 28,8% em novembro. Ainda assim, tendo em vista as perspectivas pela frente, Correia e Greiner reforçam que ainda acham muito cedo para realizar os lucros em commodities — mesmo considerando a forte valorização recente. A indicação atual, dizem, é para ter mais exposição a esses papéis.  

Acompanhe tudo sobre:AçõesBTG PactualCommoditiesGerdauGGBR4GOAU4KlabinMinério de ferroSiderurgiasuzanoSUZB3ValeVALE3

Mais de Invest

Tarpon compra 5% das ações da Track&Field

Resultado da Mega-Sena concurso 2.798; prêmio é de R$ 13,2 milhões

Quanto rende R$ 20 mil por mês na poupança e no Tesouro Direto?

Quando cai a primeira parcela do décimo terceiro salário em 2024?