Ouro: metal com entrega prevista para abril encerrou o pregão com alta de 1,46% (Smith Collection/Gado/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 22 de março de 2024 às 17h27.
Última atualização em 22 de março de 2024 às 17h38.
O ouro fechou em queda nesta sexta-feira, 22, em meio ao forte avanço do dólar ante rivais, o que encarece a commodity para detentores de outras moedas. Investidores também esperam por novos sinais sobre os próximos passos da política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
O ouro com entrega prevista para abril fechou em queda de 1,13%, a US$ 2,16 mil a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Na variação semanal, o ouro teve baixa modesta de 0,07%.
Após atingir nova alta recorde, a US$ 2.225 por onça-troy na máxima intraday de quinta-feira, o ouro devolveu os ganhos e terminou a semana no vermelho.
Dados recentes apontam que a inflação não está tão contida como esperado, potencialmente atrapalhando os planos do Fed para um primeiro corte de juros, avaliam os analistas da SP&P Angels, em nota.
Segundo eles, esta perspectiva está pesando sobre o ouro, principalmente ao apoiar a força do dólar ante outras moedas. Na visão da S&P Angels, o foco dos investidores de ouro recairá sobre os dados do mercado de trabalho dos EUA, em busca de quaisquer sinais de enfraquecimento do emprego que tenham implicações sobre o ciclo de cortes de juros do Fed.
Para o Commerzbank, o mercado já havia precificado a decisão "dovish" do Fed e as expectativas para cortes a partir de junho, dificultando a sustentabilidade de um novo rali a partir de agora.
"A menos que os dados econômicos e de inflação dos EUA decepcionem de forma generalizada nas próximas semanas e continuem a reduzir as expectativas em relação à taxa de juro americana, a alta de preços do ouro perderá força", projeta o banco alemão.