Onda tech? Armac quer protagonizar o IPO da construção civil na B3
Empresa com sede em São Paulo se apresenta como líder em locação de máquinas pesadas e tem como principal acionista um fundo da Gávea Investimentos
Da Redação
Publicado em 11 de maio de 2021 às 22h35.
Última atualização em 11 de maio de 2021 às 22h38.
A bolsa brasileira experimenta desde os meses finais do ano passado uma avalanche de IPOs (oferta pública inicial, na sigla em inglês) de empresas de tecnologia, ou ao menos que buscam emplacar a narrativa do modelo digital de negócios para atrair fundos e investidores em geral.
A lista é extensa: Enjoei (ENJU3), Méliuz (CASH3), Mosaico (MOSI3), Mobly (MBLY3), Westwing (WEST3) e Bemobi (BMOB3), para ficar apenas em alguns casos.
Mas, com o mercado menos receptivo para ofertas iniciais, pode caber a uma representante da velha economia um dos próximos IPOs na B3.
A locadora brasileira de equipamentos para agronegócio, mineração e infraestrutura Armac pediu nesta terça-feira, 11 de maio, o registro para uma oferta inicial de ações, buscando recursos para ampliar seu negócio.
A oferta da Armac Locação servirá também para que o fundo Speed, da Gávea Investimentos (co-fundada por Armínio Fraga), e membros da família fundadora Aragão vendam participação no negócio. Neste caso, por meio de oferta secundária.
O Speed detém 38,75% das ações ordinárias e é o maior acionista individual. Os demais 61,25% estão divididos entre quatro membros da família Aragão.
A empresa criada em 1994 e com sede na grande São Paulo se apresenta a maior do país em locação de escavadeiras hidráulicas, retroescavadeiras, tratores de esteira, minicarregadeiras, motoniveladoras e tratores agrícolas.
A Armac tinha no fim de março uma frota própria de 1.403 equipamentos de fabricantes como John Deere, Volvo, Hyundai, JCB, New Holland, Caterpillar e Komatsu.
A companhia afirma no prospecto preliminar da oferta que teve no primeiro trimestre uma receita anualizada de 257 milhões de reais, com Ebitda de 128 milhões de reais. Ambos cresceram 173% e de 219%, respectivamente, em relação a igual período de 2020. É um sinal de que a retomada da construção, ao menos no segmento de imóveis, engrenou.
A oferta será coordenada por Santander (SANB11), Itaú BBA, BTG Pactual (BPAC11) e Morgan Stanley.
(Com Reuters)