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O que o mercado espera da bolsa em agosto

O mês começa dividindo o investidor entre as chances de garimpar oportunidades e os temores em relação ao rumo macroeconômico


	Apesar de certo fôlego observado no mês passado, Ibovespa ainda tem um cenário nebuloso pela frente em 2013
 (stock.xchng)

Apesar de certo fôlego observado no mês passado, Ibovespa ainda tem um cenário nebuloso pela frente em 2013 (stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2013 às 16h57.

São Paulo – Após o Ibovespa finalmente conseguir em julho sua primeira alta mensal (+1,64%) em seis meses, o que esperar da bolsa em agosto? O recente lampejo de otimismo do mercado contrasta com uma trajetória negativa em 20% desde janeiro.

Agosto entra em cena dividindo o investidor entre as chances de garimpar oportunidades em alguns papéis descontados e os temores em relação ao rumo macroeconômico herdados de uma forte crise global.

“Entendemos que este suspiro de julho ainda não reflete um contexto de conforto”, afirmam as analistas Karina Freitas e Daniela Martins, da corretora Concórdia.

Segundo as analistas, a queda atual de alguns papéis pode refletir, novamente, de forma positiva na bolsa neste mês. No entanto, a safra de balanços da temporada de resultados do segundo trimestre, por exemplo, tem trazido uma melhora incipiente ao desempenho das ações.

Por outro lado, dentre as últimas referências macroeconômicas, está a de que o Federal Reserve vai manter o programa de compra de ativos, no valor de US$ 85 mil milhões por mês, como estímulo à economia do país. O Banco Central americano também manteve inalteradas as taxas de juros. 

"Com isto, a bolsa brasileira pode retomar a atratividade e voltar a atrair investimento estrangeiro. Embora os resultados corporativos por aqui não devam impressionar positivamente no segundo trimestre, os descontos excessivos do mercado acionário tendem a ser corrigidos, nos levando a um viés positivo para o Ibovespa em agosto”, projeta a equipe de análise da Ativa Corretora, liderada pelo analista Ricardo Correa. 


Outro elemento determinante para o rumo dos investidores em agosto é o câmbio. O dólar comercial é um dos líderes do ranking de investimentos deste ano. A moeda americana acumula alta de 11%. Somente em julho, o dólar avançou 2,11% - foi o terceiro mês consecutivo de elevação.

Segundo o analista Marcos Sequeira, do BTG Pactual, para manter uma maior exposição em bolsa com o real mais franco frente ao dólar, os caminhos são Suzano (SUZB5) e BRF (BRFS3).

“Em cenários de real mais fraco, empresas com operações em dólar e custos em reais tendem a se beneficiar operacionalmente”, explica o analista.

Sequeira também reconhece na Embraer (EMBR3) uma alternativa ancorada em “fundamentos fortes”.

No entanto, ele adverte que o preço dos papéis já incorpora essa percepção. No acumulado de 2012, os papéis da Embraer mostram avanço de 36%.

 

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