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No radar: plano de Biden, indicadores industriais e o que move os mercados

Bolsas ao redor do mundo operam em alta com a perspectiva de recuperação econômica

B3: Ibovespa fecha março com ganhos de 6% após dois meses no negativo (Germano Lüders/Exame)

B3: Ibovespa fecha março com ganhos de 6% após dois meses no negativo (Germano Lüders/Exame)

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Beatriz Quesada

Publicado em 1 de abril de 2021 às 07h12.

Última atualização em 1 de abril de 2021 às 07h52.

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Quadro geral do dia às 7h15:

  • EUA: Dow Jones futuro sobe 0,07%, S&P 500 futuro tem alta de 0,32% e Nasdaq futuro avança 0,93%
  • Europa: índice pan-europeu STOXX600 sobe 0,48%
  • Rendimento dos títulos de 10 anos do Tesouro americano cai 0,023% para 1,723%

Os mercados globais operam em tendência de alta nesta quinta-feira, 1, conforme investidores interpretam a agenda cheia no cenário macroeconômico com a divulgação de indicadores de produção industrial ao redor do mundo, que podem indicar uma retomada da economia global. 

A atenção das bolsas também se volta para o novo plano do presidente Joe Biden, um pacote de infraestrutura de mais de 2 trilhões de dólares que prevê investimentos ao longo de 8 anos, custeados por uma reforma tributária arrecadada ao longo de 15 anos.

Os índices futuros americanos sobem nesta manhã, ainda impulsionados pela perspectiva de retomada econômica após o anúncio de Biden na tarde de ontem. O objetivo é criar milhões de empregos no curto prazo e incentivar a recuperação da economia americana, que recuou 3,5% no ano passado.

Nos Estados Unidos, investidores também aguardam dados sobre os pedidos iniciais de seguro-desemprego de março, às 9h30, seguidos da divulgação do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de manufatura para o mês, que saem às 10h45. A expectativa é de um resultado de 59,2 pontos contra 59 pontos registrados em fevereiro.

O mercado europeu também está atento à divulgação recorde do PMI na região, que avançou 57,9 em fevereiro para 62,5 em março -- lembrando que números acima de 50 pontos sinalizam expansão da atividade. O resultado impulsiona as bolsas europeias, que operam em alta.

Na Ásia, as bolsas encerraram em trajetória de alta com o PMI de manufatura para março da China ficando em 50,6, em comparação com a leitura de fevereiro de 50,9.

Veja abaixo os principais destaques desta quinta-feira:

Indicadores industriais no Brasil

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga nesta quinta-feira, às 9h, os dados de produção industrial do Brasil para fevereiro. A estimativa é de um crescimento anual de 1,9% contra 2% de alta no mesmo período do ano anterior. Na comparação mês a mês, a expectativa é de um ganho de 0,5% contra alta de 0,4% em janeiro.

Às 10h, será divulgado ainda PMI de manufatura do país para março. O dado anterior, de fevereiro, alcançou 58,4 pontos. 

Quase 4 mil mortes

O Brasil registrou recorde diário de 3.869 mortes por Covid-19 e 90.638 novos casos confirmados nesta quarta-feira, 31, segundo dados do Ministério da Saúde. É o segundo recorde seguido que o país bate em número de mortes. Na terça-feira, 30, foram contabilizados 3.780 óbitos.

Nova carteira Ibovespa

A B3 divulga hoje a 1ª prévia da carteira teórica do Ibovespa, com base no pregão de 31 de março, e que servirá de base para o período de maio a agosto de 2021. Segundo a Bloomberg, foram incluídos os papéis de Locaweb (LWSA3) e Assaí (ASAI3), e nenhuma ação foi excluída. 

Sexta-feira Santa

Vale lembrar que a B3 não opera amanhã, 2, devido ao feriado nacional de Sexta-Feira Santa. O dia também será feriado nos Estados Unidos e em grande parte da Europa.

Retrospectiva

Em dia de realização, o Ibovespa caiu nesta quarta-feira, 31, depois de subir por quatro pregões seguidos. Em março, contudo, o índice fechou com ganhos de 6% após dois meses no negativo. No trimestre, acumulou queda de 2,0%. 

Segundo analistas ouvidos pela Exame Invest, a alta das commodities e o pacote de Biden poderiam beneficiar ainda mais as ações locais, que são puxadas para baixo com o avanço da pandemia.


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