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No radar: bolsas no exterior em queda, ações do IRB e o que mais move o mercado

Mercado internacional recua em meio à cautela com movimento de pessoas físicas, que levou ações da Gamestop a dispararem quase 2.000% no ano

IRB: ação da empresa teve a maior alta do Ibovespa na última sessão (Divulgação/Divulgação)

IRB: ação da empresa teve a maior alta do Ibovespa na última sessão (Divulgação/Divulgação)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 29 de janeiro de 2021 às 07h05.

Última atualização em 29 de janeiro de 2021 às 07h40.

Os mercados da Europa e Estados Unidos caem na manhã desta sexta-feira, 29, após se recuperarem das realizações de lucros que levaram, no meio da semana, o S&P 500 à maior baixa desde outubro. Com queda de 1,41% acumulada até o último pregão, o índice americano pode fechar esta sessão com a maior perda semanal em 14 semanas. 

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De acordo com Bloomberg e Reuters, parte do movimento de queda do mercado internacional se deve à cautela com as recentes movimentações de pessoas físicas nos Estados Unidos. Por lá, pequenos investidores têm impulsionado o preço de ações como as da Gamestop e AMC por meio de um movimento organizado pela internet.

No ano, as ações da Gamestop chegaram a acumular 1.914% de alta e as da AMC 890%, obrigando fundos com posições vendidas a fecharem as operações. Na última sessão, Gamestop e AMC sofreram desvalorizações superiores a 40%, após a corretora de varejo Robinhood bloquear ordens de compra para algumas ações. Mesmo assim, as ações da Gamestop voltam a disparar nesta sexta, subindo mais de 100% no pré-mercado, enquanto as da AMC avançam 58%.

No mercado brasileiro, o Ibovespa quebrou a mais longa sequência negativa em 12 meses, subindo 2,59% no último pregão, com investidores buscando por pechinchas. A alta foi a segunda maior do ano.

Gamestop à brasileira

Movimento semelhante ao que levou as ações da Gamestop e AMC a se supervalorizarem começa a surgir no Brasil, com pequenos investidores concentrando esforços para alavancar os papéis do IRB (IRBR3) e pressionar fundos com posições vendidas. Por aqui, a organização tem sido feita por meio de um grupo de Telegram, que até a manhã de ontem tinha menos de 7.000 membros. No início desta manhã, já eram mais de 36.000.

No último pregão, o ativo liderou as altas do Ibovespa, avançando 17,82%. Além da forte alta, o papel do IRB foi o quarto mais negociado do dia, superando ações como as do Bradesco (BBDC3), Via Varejo (VVAR3) e Magazine Luiza (MGLU3). Segundo dados da Economática, o volume de negociação superou em 200% sua média diária.

Movida intensifica frente ESG

A locadora de veículos Movida se tornou a primeira empresa do setor a emitir Sustainability-Linked Bonds. Os títulos totalizam 500 milhões de dólares e preveem uma remuneração de 5,25% ao ano. Caso a empresa não reduza em 30% suas emissões de gases de efeito estufa até 2025, a empresa terá que acrescentar a rentabilidade em 0,25 pontos base, para 5,50% ao ano. A operação recebeu nota BB- pela Fitch e B+ pela Standar & Poors. A iniciativa vem em linha com as recentes práticas ambientais adotadas pela empresa, que no ano passado estreou sua frota de carros elétricos em parceria com a Nissan.

Follow-on da Omega

A oferta subsequente de ações (follow-on, em inglês) da Omega foi precificada a 39 reais por ação, com a operação levantando 954,7 milhões de reais. De distribuição secundária, a oferta marca as vendas das ações da empresa pelo fundo Bolt, gerido pela gestora Tarpon.

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