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Nike perde fôlego na China e arrasta Adidas e Puma com queda de 10% em ações

Apesar de resultados bons na América do Norte, a Nike enfrenta desafios globais, fazendo suas ações despencarem e afetando concorrentes

Nike: resultados não agradaram investidores  (Divulgação)

Nike: resultados não agradaram investidores (Divulgação)

Publicado em 19 de dezembro de 2025 às 06h36.

O desempenho recente da Nike não agradou Wall Street, e os efeitos dessa turbulência se estenderam até a concorrência. As ações da gigante americana caíram 10% no after-market, refletindo uma reação negativa ao fraco desempenho na China e aos impactos contínuos das tarifas do governo Trump. O efeito dominó foi imediato, com as ações das rivais Puma e Adidas também em queda, caindo 1,9% e 0,7%, respectivamente.

O impacto nas ações de Puma é particularmente notável, já que foi uma das piores performances no Stoxx 600 na manhã de sexta-feira, 19, e mostram como os problemas da Nike reverberam negativamente em toda a indústria.

Lucros superam expectativas...

A Nike divulgou seus resultados financeiros do segundo trimestre fiscal de 2026 na quinta-feira, 18, superando as expectativas de Wall Street tanto em termos de lucro quanto de receita.

A empresa reportou um lucro por ação de 53 centavos, contra os 38 centavos esperados, e uma receita de US$ 12,43 bilhões, ligeiramente acima da previsão de US$ 12,22 bilhões. No entanto, os investidores ficaram preocupados com a queda de 17% nas receitas provenientes do mercado da Grande China, que totalizaram US$ 1,42 bilhão.

A força nas vendas da Nike na América do Norte, que cresceram 9% para US$ 5,63 bilhões, ajudou a compensar parcialmente as perdas na China, mas o declínio nas vendas diretas de 8%, que somaram US$ 4,6 bilhões, e os impactos das tarifas sobre os produtos ainda são grandes preocupações para a empresa.

Embora a Nike tenha registrado um aumento de 8% nas receitas de atacado, com US$ 7,5 bilhões, a queda nas vendas diretas e o enfraquecimento das marcas como Converse, que viu uma queda de 30% em suas receitas, indicam desafios persistentes. A empresa ainda enfrenta a pressão de custos com tarifas, que afetaram suas margens de lucro, e já projeta uma queda nas receitas do terceiro trimestre de 2026, com uma redução de margem bruta entre 1,75% e 2,25%.

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