Natura &Co: Administração estuda IPO da Aesop (Germano Lüders/Exame)
O conselho de administração da Natura &Co (NTCO3) autorizou estudo para fazer uma oferta pública de ações nos Estados Unidos ou a separação ("spin-off") da marca australiana Aesop, uma das quatro marcas que estão no guarda-chuva da holding (que inclui ainda Natura, Avon, The Body Shop). Esse "spin-off" poderia ser seguido de uma oferta pública. A empresa vinha negando rumores de mercado que indicavam que a administração considerava uma cisão do negócio, que tem tido desempenho melhor do que o restante do grupo.
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A empresa de beleza diz que a possível listagem das ações da marca de luxo vem sendo avaliada nos últimos meses como uma alternativa para financiar seu crescimento acelerado. "A administração da Natura &Co vem tomando passos necessários para buscar tal alternativa. Essa estratégia também está alinhada com o obejtivo da Natura &Co de dotar as suas marcas e unidades de negócio de maior autonomia e responsabilidade", diz a empresa em fato relevante publicado na noite desta segunda-feira, 17.
A Aesop foi comprada pela empresa brasileira em 2013, em seu primeiro passo de internacionalização. Anos depois, em 2017 e 2020, a Natura conclui a compra da britânica The Body Shop e da americana Avon, respectivamente. Passou, então, a ser Natura &Co em 2020.
Segundo a empresa, essa alternativa não havia sido considerada anteriormente e somente hoje foi aprovado o estudo. "Estudo comparativo para avaliar outras estruturas alternativas que possam agregar mais valor para a Aesop, Natura &Co e seus acionistas foi aprovado hoje pelo conselho de administração", reiterou a empresa.
A companhia diz que, independentemente da decisão, os negócios da Aesop continuariam a ser liderados por seu CEO, Michael O'Keeffe, por meio de uma holding a ser listada nos Estados Unidos, que deteria as subsidiárias da Aesop.
Recentemente, a Natura &Co desistiu dos planos de migrar suas ações da B3 para o mercado americano.
Uma oferta pública de ações ou cisão dos negócios depende de aprovação de acionistas em assembleia geral. "A decisão final sobre as transações alternativas será tomada pelo Conselho de Administração somente após a conclusão do estudo comparativo", acrescentou a empresa.