O CEO da Tesla (TSLA34), Elon Musk (Ted Talk/Reprodução)
O fundador e CEO da SpaceX, Elon Musk, declarou nesta sexta-feira, 14, que não pode continuar a financiar os satélites e terminais da Starlink que fornecem internet para a Ucrânia "indefinidamente", e pediu para que o Ministério da Defesa dos Estados Unidos, o Pentágono, cubra os custos.
Os terminais de internet Starlink doados pela SpaceX foram cruciais para manter as comunicações dos militares da Ucrânia durante a guerra contra a Rússia, mesmo quando a infraestrutura ucraniana de comunicação foi destruída pelas tropas invasoras.
Na semana passada, Musk tuitou que a operação custou à SpaceX US$ 80 milhões até o momento, e vai exceder os US$ 100 milhões até o final do ano.
A empresa já teria enviado um relatório ao Pentágono explicando a situação e pedindo para que seja o Departamento de Defesa que forneça os recursos para cobrir os custos, que poderiam chegar em US$ 400 milhões nos próximos 12 meses.
O CEO da Tesla (TSLA34) e da SpaceX chegou a tuitar que era “insanamente difícil” para uma “constelação de comunicações em órbita baixa evitar a falência — esse foi o destino de todas as empresas que tentaram isso antes”.
Musk foi aclamado no início deste ano depois de oferecer a Starlink para levar o serviço de internet à Ucrânia, mas a medida se tornou politicamente explosiva na semana passada, depois que o homem mais rico do mundo pediu um acordo negociado para acabar com a guerra.
Sua proposta, publicada sempre nas redes sociais, incluía a possibilidade que Rússia mantivesse a Crimeia, mas acabou recebendo duras críticas por parte dos líderes da Ucrânia.
O Pentágono informou que está em negociações com Musk para manter a conectividade das forças ucranianas.
“Posso confirmar que o departamento está em comunicação com a SpaceX sobre o Starlink”, declarou a vice-secretária de imprensa do Pentágono, Sabrina Singh, “Estamos trabalhando com nossos parceiros e aliados tentando descobrir o que é melhor.”
Alguns terminais Starlink usados pelos militares da Ucrânia pararam de funcionar em áreas recentemente libertadas da ocupação russa, levantando questões sobre se a empresa estava bloqueando o serviço para algumas áreas do país.