Satya Nadella: CEO da Microsoft (Sean Gallup/Getty Images)
O lucro líquido da Microsoft (MSFT34) no trimestre encerrado em 31 de dezembro de 2022, o segundo do ano fiscal da empresa, foi de US$ 16,43 bilhões. A cifra é inferior aos US$ 18,77 bilhões registrada um ano antes.
Já o lucro por ação (LPA) registrado foi de US$ 2,32 ante a projeção de R$ 2,29. A receita trimestral foi de US$ 52,7 bilhões, contra o consenso de mercado de US$ 53,12 bilhões.
Por outro lado, a desaceleração esperada no negócio de computação em nuvem da Microsoft (MSFT) surpreendeu os investidores ao não se cumprir. O segmento cresceu 18%, indo à marca de US$ 21,51 bilhões, batendo as estimativas. A unidade inclui os serviços da Azure, Windows Server, SQL Server, Nuance e Enterprise Services.
O segmento de produtividade e processamento de negócios, que inclui o pacote Microsoft 365, LinkedIn e Dynamics registrou um crescimento de 7%, e marcou US$ 17 bilhões.
Na bolsa de Nova York, a ação da companhia perdeu a maior parte do rali de janeiro e alguns analistas começaram a ficar pessimistas após anos de projeções predominantemente otimistas. Contudo, na sessão estendida da bolsa, as ações da Microsoft fecharam em US$ 242,04.
Na quarta-feira, 18, a Microsoft divulgou que demitiria mais de 10 mil funcionários da operação global. Um corte que significa 5% do quadro de colaboradores e que terá o custo de US$ 1,2 bilhão nas contas da empresa.
O anúncio acontece dias após Satya Nadella, CEO da Microsoft, confirmar que a empresa passará por dois anos "desafiadores". “Tivemos muita aceleração durante a pandemia e há uma certa normalização dessa demanda. E, além disso, há uma verdadeira recessão em algumas partes do mundo", disse em entrevista para a CNBC.