O ano de 2025 caminha para o fim com ganhos expressivos nos principais ativos financeiros (Cris Faga/NurPhoto/Getty Images)
Repórter
Publicado em 29 de dezembro de 2025 às 06h00.
Na última semana cheia de negociações de 2025, os mercados iniciam esta segunda-feira, 29, em clima de balanço e expectativa. Com poucos pregões restantes antes do encerramento do ano e um calendário mais enxuto por causa dos feriados, investidores acompanham uma bateria concentrada de indicadores econômicos que devem ajudar a calibrar as apostas para o início de 2026.
No Brasil, a B3 não terá negociações nesta quarta, 31 de dezembro, e quinta, 1º de janeiro, enquanto as bolsas de Nova York fecham no feriado de Ano-Novo.
O ano de 2025 caminha, contudo, para o fim com ganhos expressivos nos principais ativos financeiros. Até o pregão da última sexta-feira, 26, o Ibovespa acumula alta de 33,76%. No câmbio, o dólar, que abriu o ano cotado a R$ 6,16, encerrou o último pregão da semana em R$ 5,54, o que representa uma desvalorização de 10,04% da moeda americana frente ao real no período.
Nos Estados Unidos, os principais índices também caminham para fechar o ano no positivo. O Dow Jones subiu quase 15% até o último pregão, o Nasdaq avançou 22,4%, enquanto o S&P 500 registra alta parcial de 18,1%.
No radar desta segunda-feira, os dados domésticos ganham protagonismo, com foco no quadro fiscal, nos preços e nas expectativas do mercado.
O Tesouro Nacional divulga o resultado primário do Governo Central de novembro. Logo cedo, às 8h, Fundação Getulio Vargas (FGV) apresenta o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), indicador importante para contratos, além da Sondagem da Indústria.
Ainda pela manhã, o Banco Central publica o Relatório Focus, que reúne as projeções para inflação, juros, câmbio e crescimento.
No último boletim, divulgado em 22 de dezembro, os analistas reduziram as expectativas para a inflação. A projeção do IPCA para 2025 recuou de 4,36% para 4,33%, enquanto a de 2026 caiu de 4,10% para 4,06%.
Para 2027, a estimativa permaneceu estável em 3,80%. Já no campo da atividade, a expectativa de crescimento do PIB em 2025 foi levemente elevada, de 2,25% para 2,26%, com projeção de 1,80% em 2026.
O mercado de trabalho também entra no foco dos investidores. A Secretaria Especial de Previdência e Trabalho divulga nesta segunda os dados do Caged de novembro, indicador acompanhado de perto para avaliar os efeitos do aperto monetário sobre a economia.
Em outubro, o país gerou 85.147 vagas formais, resultado abaixo das expectativas e considerado o pior desempenho para o mês desde o início da série histórica do Novo Caged, em 2020.