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Klabin arranja sócio para terras excedentes e levanta R$ 1,8 bi

Para monetizar terras e florestas que comprou em 2023 e diminuir sua alavancagem financeira, a empresa firmou uma parceria com uma organização de investimento florestal (TIMO)

Klabin: companhia também aprovou nova política de dividendos (Marcio Bruno/Divulgação)
Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 30 de outubro de 2024 às 11h22.

A Klabin está implementando uma estratégia para reduzir sua dívida e otimizar o uso de terras adquiridas recentemente.

Em dezembro de 2023, a Klabin comprou 150 mil hectares de terras e florestas da Arauco no Paraná por US$ 1,16 bilhão (aproximadamente R$ 5,8 bilhões). Dessa área, cerca de 60 mil hectares são considerados excedentes para as necessidades imediatas da empresa.

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Para monetizar essas terras excedentes e diminuir sua alavancagem financeira, a Klabin firmou uma parceria com uma organização de investimento florestal (TIMO). Essa parceria resultou na criação de quatro Sociedades de Propósito Específico (SPEs), nas quais a Klabin detém 57% do capital total e a TIMO os 43% restantes. A Klabin aportou 60 mil hectares de terras plantadas e 43 mil hectares de terras produtivas nessas SPEs.

Com essa transação, a Klabin recebe um aporte de R$ 1,8 bilhão, fortalecendo seu caixa e contribuindo para a redução de sua dívida. A primeira parcela foi paga na data do fechamento do Projeto Plateau e o restante previsto para o segundo trimestre de 2025. Uma parcela adicional poderá ser paga à Klabin no valor de R$ 900 milhões, com a entrada de um co-investidor, que dilui a fatia da Klabin nos ativos, mas ainda preserva o controle.

Além disso, a parceria permitirá que a TIMO administre e replante as áreas, garantindo o abastecimento contínuo de madeira para a Klabin. Essa estratégia acelera a monetização das terras excedentes e otimiza a gestão dos ativos florestais da empresa.

Nova política de dividendos

A fabricante de papel e celulose aprovou uma nova política de dividendos e Juros Sobre Capital Próprio (JCP). Pela nova política, a distribuição de proventos será trimestral. Os acionistas ainda receberão a distribuição obrigatória de 25% do lucro líquido, mas, para garantir o pagamento trimestral, os valores distribuídos deverão alcancar um percentual entre 10% e 20% do Ebitda e não mais de 15% a 25% do EBITDA.

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