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Juros futuros caem em sintonia com dólar e com estrangeiros

Segue consolidada na curva de juros a projeção de que, na semana que vem, o Comitê de Política Monetária (Copom) eleve a Selic em 0,50 ponto porcentual


	Bovespa: no fim da sessão regular, a taxa do DI para janeiro de 2016 marcou 12,56%
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Bovespa: no fim da sessão regular, a taxa do DI para janeiro de 2016 marcou 12,56% (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2015 às 16h20.

São Paulo - As taxas dos contratos futuros de juros voltaram a recuar nesta sexta-feira, 16, em sintonia com a queda do dólar ante o real e com investidores estrangeiros buscando contratos de DI e títulos públicos brasileiros negociados no mercado secundário.

Por trás do movimento esteve a percepção de que, com uma Selic alta no país e a tendência de injeção de recursos no mercado global, por meio do Banco Central Europeu (BCE), investir na renda fixa brasileira é bastante rentável.

Aliada a isso está a leitura de que a nova equipe econômica vai no caminho certo para resgatar a credibilidade do Brasil.

No fim da sessão regular da BM&FBovespa, a taxa do DI para janeiro de 2016 marcou 12,56%, ante 12,62% do ajuste de ontem.

O contrato para janeiro de 2017 marcou 12,28%, ante 12,37%, enquanto o DI para janeiro de 2021 indicou 11,90%, ante 12,01%.

Na prática, segue consolidada na curva de juros a projeção de que, na semana que vem, o Comitê de Política Monetária (Copom) eleve a Selic em 0,50 ponto porcentual.

Já o dólar cedeu 0,49% no balcão brasileiro, aos R$ 2,6210.

Profissionais da área de renda fixa disseram que o diferencial entre a Selic brasileira e os juros no exterior, em meio à perspectiva de mais estímulos na Europa, tem favorecido a entrada de investimentos especulativos nos últimos dias.

Os estrangeiros estariam colocando recursos nos DIs (vendendo taxas) e nos títulos públicos negociados no mercado secundário.

As taxas futuras de juros, aliás, seguiram hoje em sintonia com o recuo do dólar.

Isso a despeito de, no exterior, os yields (retornos) dos Treasuries (títulos do Tesouro norte-americano) terem avançado de forma consistente.

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